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Tragédia natural no RS: novo boletim confirma mortes e mais desabrigados
As chuvas intensas que causaram enchentes e deixaram estragos em dezenas de cidades gaúchas provocaram 46 mortes no Rio Grande do Sul, segundo boletim. O novo balanço da Defesa Civil consta até às 7h desta segunda-feira (11), sobre as ações de resgate nas localidades atingidas. A tabela completa pode ser conferida AQUI.
Óbitos: 46
- Cruzeiro do Sul: 5
- Encantado: 1
- Estrela: 2
- Ibiraiaras: 2
- Imigrante: 1
- Lajeado: 3
- Mato Castelhano: 1
- Muçum: 16
- Passo Fundo: 1
- Roca Sales: 11
- Santa Tereza: 1
- Bom Retiro do Sul: 1
- Colinas: 1
Desaparecidos: 46
- Lajeado: 8
- Arroio do Meio: 8
- Muçum: 30
- Pessoas resgatadas: 3.130
Municípios afetados: 92
- Desabrigados: 4.794
- Desalojados: 20.490
- Afetados: 340.918
- Feridos: 924
Outras perdas
Um relatório preliminar que apresenta perdas relacionadas a infraestrutura, produção primária, pecuária e pastagens, em decorrência do ciclone extratropical que atingiu o Rio Grande do Sul nos primeiros dias de setembro, foi divulgado pela Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) neste domingo (10/9). O documento foi elaborado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater). O fenômeno causou danos pelos altos volumes precipitados, ocorrência de granizo localizados e transbordamento de leitos de rios e arroios.
Os dados são do sistema Sisperdas, que é abastecido, em primeira mão, por todos os escritórios regionais e municipais da Emater com informações a respeito das localidades. Conforme o relatório, as condições climáticas adversas afetaram 50 municípios, 665 localidades e 10.787 propriedades.
Em relação à infraestrutura, o evento climático afetou 4.456,8 quilômetros de estradas vicinais e causou problemas de escoamento da produção em 197 comunidades. Houve danos em 1.192 casas, 621 galpões, 12 armazéns, 116 silos, 25 estufas de fumo, 25 estufas/túneis plásticos para horticultura, 128 açudes (piscicultura/irrigação), 53 aviários e 45 pocilgas.
Na produção primária, as chuvas torrenciais resultaram em sérias perdas na produção primária, afetando principalmente grãos, frutas, olericultura e fumo. As perdas se mostraram significativas, com destaque para milho e trigo, que tiveram grandes áreas atingidas e alto volume de produção perdidas. Na fruticultura, vários cultivos, como laranja e uva, sofreram perdas consideráveis. A olericultura e a produção de fumo foram duramente atingidas, prejudicando muitos produtores. Ao todo, 1.616 produtores tiveram perdas na produção de grãos, 88 na fruticultura, 2.691 no fumo e 198 na olericultura.
Na pecuária, morreram 29.356 animais, entre bovinos de corte e de leite, suínos e aves e perderam-se 370 caixas de abelhas e 35,5 toneladas de peixe. Foram 346 produtores prejudicados. A produção não coletada de leite chegou a 327,3 mil litros, lesando um total de 813 produtores.
O ciclone que afetou o Rio Grande do Sul foi registrado no início deste mês e é considerado o maior da história do estado.
Com Governo do Rio Grande do Sul