Foto: Ministério da Agricultura
AGRONEGÓCIO

Sucesso do agronegócio brasileiro afeta balança comercial dos EUA

Foto: Ministério da Agricultura
Redação Sou Agro
Redação Sou Agro

No agro, o Brasil pisou no acelerador quando o assunto é produção de grãos e proteínas, e tem deixado concorrentes importantes “preocupados”. Três anos atrás, os números anuais de exportação neste setor atingiam os US$ 100 bilhões; mas em 2023 o valor deve chegar a US$ 162 bilhões. Enquanto isso, os Estados Unidos devem fechar o ano em queda: dos R$ 196 bilhões de 2022 para US$ 178 bilhões em 2023. 

As causas apontadas para isso incluem o aumento no volume produzido pelo Brasil e a retração da China, além da maior demanda interna americana, que a produção não deu conta de acompanhar. A safra de soja 2022/23 recuou para 116 milhões de toneladas, frente às 122 milhões da safra anterior, e a previsão para 2023/24 não é de crescimento. O mesmo acontece com a safra de milho dos EUA, que caiu para 349 milhões de toneladas. Para Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o avanço do Brasil no volume produzido e a retração da China vêm provocando a desaceleração das exportações do país.

O Brasil registra recorde atrás de recorde. Em 2023 já foram 155 milhões de toneladas de soja, o que possibilitou um aumento de 22% nas exportações em relação ao ano passado, somando 81 milhões de toneladas; além de mais de 50 milhões de toneladas de milho exportadas, o que nos coloca na liderança mundial.

Queda nos grãos e nas proteínas também

O cenário americano também é desfavorável quando o assunto são as proteínas. As receitas de frango não devem aumentar, se mantendo em US$ 4 bilhões, mas as de carne bovina recuaram e muito: de US$ 10,8 bilhões, em 2022, para US$ 8,5 bilhões em 2023.

Parte da culpa é da China, que tem demandado menos alimentos destinados aos animais. As exportações americanas para os chineses caíram de US$ 36,2 bi para US$ 33 bi neste ano, e devem chegar a US$ 30 bi no próximo ano. Outros países como Japão, Coreia do Sul, Indonésia, Vietnã e Filipinas também devem comprar menos dos EUA.

(Redação Sou Agro/Sou Agro)