Foto: Divulgação/Gov.SP

Banana em alta! São Paulo é líder nacional e Santa Catarina incentiva produção

Redação Sou Agro
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Foto: Divulgação/Gov.SP

 

A banana é a nada mais nada menos que a fruta mais consumida no Brasil e no mundo. Além de ser um alimento nutritivo e a produção tem grande relevância para o cenário econômico, principalmente para o agronegócio paulista, já que o Estado de São Paulo é o grande produtor brasileiro responsável por 26% da produção total do país.
Um levantamento do Instituto de Economia Agrícola (IEA – Apta), aponta que a expectativa da safra 2022/23 é superior a um milhão de toneladas, com uma área plantada de 1,9 mil hectares no estado. O Vale do Ribeira é considerado o maior polo produtor de banana de São Paulo e as principais variedades são: prata, nanica, maçã, ouro e terra.

Produção nacional
O Brasil é o quarto maior produtor mundial da fruta, ficando atrás somente de Índia, China e Indonésia. De acordo com os dados do IBGE, a safra 2021/22 foi de cerca de 7 milhões de toneladas, em uma área de 453.273 hectares. Um mercado que movimenta mais de R$ 13,8 bilhões por ano.
Parte dessa produção é destinada ao mercado externo. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior, no ano passado, foram embarcadas 83 mil toneladas, com receita de U$S 37 milhões. Os maiores importadores são a União Europeia e os países do Mercosul.

Pesquisa
Para incentivar e desenvolver ainda mais o setor, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo contribui fortemente com diversas ações que vão desde estudos de melhoramento genético na produção à medidas fitossanitárias.
Pesquisas desenvolvidas pela Apta mostram que é possível elevar a produtividade dos bananais ao utilizar técnicas corretas de manejo da cultura. De acordo com Erval Rafael Damatto Junior, pesquisador e diretor da Apta Regional de Pariquera-Açu, a média de produtividade nacional é de 14 toneladas por hectare. “No Vale do Ribeira, a média é maior, de 22 toneladas por hectare. Porém, a partir das nossas pesquisas, verificamos que é possível mais que dobrar essa produtividade com o uso de técnicas corretas de manejo do solo e nutrição de plantas. Tivemos experimentos que alcançaram até 65 toneladas por hectare”, conta.

Produção ganha força no extremo Oeste Catarinense

Se por um lado a produção de banana já está bem estabelecida e tem grande participação na economia em São Paulo, no estado de Santa Catarina, apesar de ter produção significativa, com 725,8 mil toneladas em 2022, ainda há para onde crescer.
No Extremo Oeste do estado, a atividade é pouco explorada, mas o mercado local oferece boas oportunidades para quem investe nessa cultura. As famílias que produzem a fruta são motivadas pela demanda de feiras livres, do Programa Nacional de Alimentação Escolar e das vendas diretas ao consumidor. Além disso, a banana produzida na região apresenta características muito apreciadas pelos consumidores, como doçura, sabor agradável e boa coloração.
Para incentivar o desenvolvimento da cultura a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI)tem realizado reuniões técnicas para repassar informações sobre cultivo e de manejo. A mais recente foi no mês de agosto, e reuniu cerca de 30 agricultores, que aprenderam sobre as variedades mais indicadas para a região, implantação de pomar, manejo de touceiras, adubação, colheita e preparo dos cachos para a comercialização.

Banana em microclimas
A extensionista da Epagri, Simone Bianchini, afirma que a região possui microclima favorável para cultivo da fruta, como nas margens de rios, onde a chance de ocorrer geada é menor. “Essa é uma produção mais localizada, mas pode ser viável para algumas famílias que têm afinidade com a cultura e áreas adequadas para implantação e desenvolvimento de bananais”, destaca.
Quase toda a banana consumida no Extremo Oeste de Santa Catarina vem de outras regiões. Por isso, o desafio da Epagri é ampliar a produção local e estimular os produtores a adotar técnicas de manejo adequadas para conseguir atender, pelo menos, os mercados institucionais da agricultura familiar.

(Redação Sou Agro/Sou Agro)

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