ESPECIAIS
Tecnologias que aumentam produtividade com menos impacto são apresentadas em simpósio
Começa amanhã hoje, no auditório do Campus da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) em Campo Grande-MS o II Simpósio de Sistemas Intensivos de Produção (II SIP), uma realização da Embrapa e da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa). Durante o evento, as mais recentes inovações e tecnologias que possibilitam o aumento de produtividade no campo e a intensificação da produção com menos impactos ao ambiente, serão discutidas entre pesquisadores, técnicos, produtores e acadêmicos.
Presidente da Comissão Organizadora do Simpósio, Fernando Mendes Lamas destaca que os sistemas intensivos juntamente com os integrados são, atualmente, os componentes básicos para a construção de sistemas cada vez mais sustentáveis, socialmente justos, economicamente viáveis e ambientalmente responsáveis. O pesquisador da Embrapa (Dourados-MS) explica que esses sistemas são uma modalidade de produção na qual o solo é constantemente ocupado para a produção de carne, grãos, fibras ou energia.
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Dados da Rede ILPF apontam que Mato Grosso do Sul tem a maior área de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) do País e é o primeiro Estado brasileiro a instituir políticas públicas com incentivos à produção agropecuária sustentável. Lamas comenta que há modelos no Estado compostos por soja, milho com braquiária e braquiária para pastejo de bovinos, como há também a incorporação da cultura de algodão e o uso de estilosantes para cobertura de solo.
Critérios técnicos, impactos no ambiente e na economia da intensificação; expansão da agropecuária no Brasil; uso de ferramentas digitais no planejamento, na adoção e na avaliação dos sistemas; Sistema Plantio Direto, agricultura sustentável, agricultura regenerativa: diferenças e vantagens; diversificação dos cultivos; rotação e diversificação como estratégia; sistemas de integração ILP/ILPF como ferramentas para intensificação; novas fronteiras, novos cultivos e a participação indutora das cooperativas e das indústrias; uso de irrigação em áreas de expansão; desafios climáticos; manejo fitossanitário; e novos mercados, serviços ambientais e certificações, são temas de painéis do simpósio e mesa-redondas com especialistas da iniciativa pública e privada.
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Entrega de Mapa de Água
Durante a solenidade de abertura do simpósio, a partir das 8 horas, será entregue o Mapa de água disponível em solos no Estado de Mato Grosso do Sul, desenvolvido no âmbito do Projeto de Zoneamento Agroecológico, financiado pelo Governo de MS, com apoio do FUNDEMS e execução pelos Centros de Pesquisa da Embrapa localizados em MS, sob a coordenação da Embrapa Solos (Rio de Janeiro-RJ) e da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).
“O mapa de água disponível foi elaborado para todo o Estado, em escala 1:100.000, exceto para a região do bioma Pantanal. O conceito de água disponível (AD) permite estimar o risco climático e otimizar o plantio de diferentes culturas agrícolas, seja em regime de sequeiro ou irrigado, considerando o clima nas diferentes épocas, as características dos solos e as exigências hídricas dos cultivos”, detalha o pesquisador Silvio Bhering, chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Solos.
Segundo ele, tais informações contribuem também com a formulação de políticas agrícolas específicas de incentivo ao plantio de culturas com menores riscos climáticos, além de beneficiarem agências de financiamento agrícola e de assistência rural.
O Estado de MS, em parceria com a Embrapa e outras instituições de pesquisa e ensino brasileiras, têm investido no levantamento dos seus solos, potencialidades e aptidões. Esse é apenas um dos resultados que esses estudos vão gerar em prol do melhor planejamento do uso das terras do estado, potencializando seu uso, aumentando a produtividade e reduzindo os riscos climáticos de perdas das lavouras.
Com Embrapa