Foto: Gabriel Faria
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Tecnologias que aumentam produtividade com menos impacto são apresentadas em simpósio

Foto: Gabriel Faria
Tatiane Bertolino
Tatiane Bertolino

Começa amanhã hoje,  no auditório do Campus da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) em Campo Grande-MS o II Simpósio de Sistemas Intensivos de Produção (II SIP), uma realização da Embrapa e da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa). Durante o evento, as mais recentes inovações e tecnologias que possibilitam o aumento de produtividade no campo e a intensificação da produção com menos impactos ao ambiente, serão discutidas entre pesquisadores, técnicos, produtores e acadêmicos.

Presidente da Comissão Organizadora do Simpósio, Fernando Mendes Lamas destaca que os sistemas intensivos juntamente com os integrados são, atualmente, os componentes básicos para a construção de sistemas cada vez mais sustentáveis, socialmente justos, economicamente viáveis e ambientalmente responsáveis. O pesquisador da Embrapa (Dourados-MS) explica que esses sistemas são uma modalidade de produção na qual o solo é constantemente ocupado para a produção de carne, grãos, fibras ou energia.

Dados da Rede ILPF apontam que Mato Grosso do Sul tem a maior área de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) do País e é o primeiro Estado brasileiro a instituir políticas públicas com incentivos à produção agropecuária sustentável. Lamas comenta que há modelos no Estado compostos por soja, milho com braquiária e braquiária para pastejo de bovinos, como há também a incorporação da cultura de algodão e o uso de estilosantes para cobertura de solo.

Critérios técnicos, impactos no ambiente e na economia da intensificação; expansão da agropecuária no Brasil; uso de ferramentas digitais no planejamento, na adoção e na avaliação dos sistemas; Sistema Plantio Direto, agricultura sustentável, agricultura regenerativa: diferenças e vantagens; diversificação dos cultivos; rotação e diversificação como estratégia; sistemas de integração ILP/ILPF como ferramentas para intensificação; novas fronteiras, novos cultivos e a participação indutora das cooperativas e das indústrias; uso de irrigação em áreas de expansão; desafios climáticos; manejo fitossanitário; e novos mercados, serviços ambientais e certificações, são temas de painéis do simpósio e mesa-redondas com especialistas da iniciativa pública e privada.

Entrega de Mapa de Água
Durante a solenidade de abertura do simpósio, a partir das 8 horas, será entregue o Mapa de água disponível em solos no Estado de Mato Grosso do Sul, desenvolvido no âmbito do Projeto de Zoneamento Agroecológico, financiado pelo Governo de MS, com apoio do FUNDEMS e execução pelos Centros de Pesquisa da Embrapa localizados em MS, sob a coordenação da Embrapa Solos (Rio de Janeiro-RJ) e da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).

“O mapa de água disponível foi elaborado para todo o Estado, em escala 1:100.000, exceto para a região do bioma Pantanal. O conceito de água disponível (AD) permite estimar o risco climático e otimizar o plantio de diferentes culturas agrícolas, seja em regime de sequeiro ou irrigado, considerando o clima nas diferentes épocas, as características dos solos e as exigências hídricas dos cultivos”, detalha o pesquisador Silvio Bhering, chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Solos.

Segundo ele, tais informações contribuem também com a formulação de políticas agrícolas específicas de incentivo ao plantio de culturas com menores riscos climáticos, além de beneficiarem agências de financiamento agrícola e de assistência rural.

O Estado de MS, em parceria com a Embrapa e outras instituições de pesquisa e ensino brasileiras, têm investido no levantamento dos seus solos, potencialidades e aptidões. Esse é apenas um dos resultados que esses estudos vão gerar em prol do melhor planejamento do uso das terras do estado, potencializando seu uso, aumentando a produtividade e reduzindo os riscos climáticos de perdas das lavouras.

Com Embrapa

(Tatiane Bertolino/Sou Agro)