Oferta de grãos: o que diz o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos
Mais um relatório que é tão esperado no Brasil aponta os resultados de oferta e demanda de Grãos é do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o conhecido relatório USDA.
Os números vieram bastante em linha com o esperado, sem nenhuma surpresa. A produção de soja dos EUA foi cortada em cerca de 2,5 milhões de toneladas, ou seja, para 114,45 milhões de toneladas (MT), ligeiramente abaixo do esperado. O corte foi na produtividade, estimada em 57,05 sacas/ha, comparado a 58,28 sacas/ha de julho.
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Os estoques finais da safra 2023/24 vieram com uma redução maior do que a esperada por analistas, em 6,67 milhões de toneladas. Mas, os estoques finais deste ano vieram mais altos.
A produção mundial é reduzida na mesma proporção do corte atribuído aos EUA, avaliada agora em 402,79 milhões de toneladas. Os estoques finais do mundo são projetados em leve alta para este ano, mas tem cortes de 1,5MT para a estação 2023/24, para 119,4 milhões de toneladas.
As importações chinesas são estimadas em 100,0 milhões de toneladas neste ano – aumento de 1,0 MT em relação ao mês passado. Para a próxima estação seguem avaliadas em 99,0 MT.
A produção brasileira segue estimada em 156,0 MT neste ano, com exportações de 94,0 MT e para o próximo ciclo, produção de 163,0 MT e exportações de 96,5 MT. Enquanto isto, a Argentina segue com produção avaliada de 25,0 MT neste ano e de 48,0 MT para o próximo.
MILHO
Já a produção de milho dos EUA também foi reduzida, com base em cortes de produtividade. Tudo muito em linha com o esperado pelo mercado. A produtividade cai 2,5 sacas/ha, para 183,17 scs/ha. A produção perde 5,3 MT, estimada agora em 383,83 MT.
As exportações perdem força tanto na atual temporada quanto na próxima. Já, os estoques finais são elevados nesta estação, para 37,0MT; na próxima, porém, caem cerca de 1,5 MT, para 55,95 MT.
Parte da perda de produção mundial em 2023/24 é compensada com redução do consumo. Com isto os estoques finais são ajustados negativamente em pouco mais de 3,0 MT, para 311,05 MT – o mercado esperava algo como 114,0 MT.
A China, que também vem sofrendo com irregularidades climáticas, teve um corte de 3,0 MT em sua produção, estimada em 277,0 MT.
A produção brasileira deste ano foi elevada em 2,0 MT, para 135,0 MT, com exportações de 56,0 MT. Para a próxima estação a perspectiva de colheita está em 129,0MT, com exportações de 55,0MT.
(Com Granoeste)