Foto: Bpfron
SEGURANÇA

Muito vinho e nada legalizado: bebidas estrangeiras são apreendidas dentro de carro

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Débora Damasceno
Débora Damasceno

Não tem jeito, as equipes policiais continua flagrando de contrabando de vinho. Desta vez foi durante as Operações Hórus e 10 de agosto, policiais militares do BPFron realizavam patrulhamento em Santo Antônio do Sudoeste, onde abordaram um veículo conduzido por um homem de 61 anos.

Dentro do carro haviam 12 caixas de vinho de diversas marcas e 2 caixas de energético sem as autorizações aduaneiras. Diante dos fatos, o condutor foi identificado e liberado juntamente com seu veículo, as mercadorias foram apreendidas e entregues na receita federal para demais procedimentos.

 

PREOCUPAÇÃO COM CONTRABANDO DE VINHO

Polícia Rodoviária Federal já demonstrou preocupação com esse aumento das apreensões de vinhos com entrada irregular no Brasil. É que segundo a PRF o perfil de quem traz o vinho ilegalmente tem mudado nos últimos anos. Se no início das apreensões era mais comum o “pequeno contrabandista”, pessoas transportando pequenas cargas, agora o crime organizado é o dono o comércio do vinho ilegal. A utilização de veículos roubados, clones, batedores e olheiros são alguns dos artifícios praticados pelos contrabandistas e quadrilhas.

As quadrilhas do tráfico de drogas estão diversificando o leque de crimes com o comércio ilegal de vinho, uma forma de investimento criminoso para capitalizar as organizações. É o que aponta um levantamento realizado pelos setores operacionais da PRF no Paraná. “Não é o pequeno muambeiro que vai ali comprar um pouco de vinho e trazer, são quadrilhas altamente organizadas“, comenta um policial rodoviário federal que atua em operações contra esse tipo de crime.

Para quem compra os vinhos ilegais, a impressão que se tem é a de que apenas está burlando as leis fiscais e não pagando imposto, e assim tendo a vantagem de comprar o vinho por preços mais acessíveis. Entretanto, quem compra o vinho que entra ilegalmente  pode estar contribuindo diretamente para a manutenção da saúde financeira de quadrilhas do crime organizado.

(Com PRF e BPFRON)

(Débora Damasceno/Sou Agro)