Foto: Sema-MT
SEGURANÇA

Flagrantes de desmatamento ilegal resultam em multas milionárias

Foto: Sema-MT
Débora Damasceno
Débora Damasceno

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), em parceria com a 2ª Companhia da Polícia Militar de Guarantã do Norte, aplicou R$ 36 milhões em multas pelo desmatamento ilegal de 3 mil hectares do bioma amazônico no Parque Estadual do Cristalino, localizado nos municípios de Alta Floresta e Novo Mundo, no Mato Grosso.

A equipe de fiscalização da Diretoria de Unidade Desconcentrada da Sema de Guarantã do Norte conduziu a operação durante vários dias da última semana, que resultou no flagrante da exploração seletiva de castanheira (Bertholetia excelsa), espécie com corte e comercialização proibidos pela legislação vigente.

Os agentes percorreram mais de doze quilômetros em trilhas pela mata e constataram a existência de uma estrutura organizada para a prática de crimes ambientais no local formada por serraria portátil, acampamento, tratores e motosserras.

Apesar da tentativa de ocultação dos equipamentos usados no desmatamento, foram apreendidos sete motosserras e diversos petrechos utilizados para a prática criminosa, como ganchos, correntes e ferramentas. Foram inutilizados um trator, um reboque e uma serraria portátil.

Conforme o decreto federal nº 6.514/2008, destruir vegetação nativa sem autorização é passível de multa de R$ 6 mil por hectare. Neste caso, a multa foi aplicada em dobro por ser uma unidade de conservação.

O Parque Estadual do Cristalino é uma Unidade de Conservação de Proteção Integral (PI) de 66 mil hectares, rico em belezas naturais e abriga os rios Inhandu e Cristalino.

Operação Amazônia

Desde março deste ano, o Governo de Mato Grosso realiza a Operação Amazônia contra crimes ambientais, com equipes em campo e de monitoramento remoto por imagens de satélite de alta resolução para responsabilizar os infratores. Quem se deparar com um crime ambiental deve denunciar por meio dos contatos: da Polícia Militar (190), ouvidoria da Sema (0800 065 3838) ou pelo novo WhatsApp para denúncias (65) 98153-0255.

(Débora Damasceno/Sou Agro)