Foto: Jaelson Lucas
PECUÁRIA

Adapar alerta: Subnotificação pode estar “maquiando” números reais de casos de raiva bovina

Foto: Jaelson Lucas
Redação Sou Agro
Redação Sou Agro

Há poucos dias, a Agência Nacional de Defesa Agropecuária (Adapar) confirmou seis casos de raiva bovina no Oeste do Paraná, sendo 5 em Catanduvas e 1 em Ibema. A situação é de alerta, uma vez que os números podem ser muito maiores, devido a negligência por parte de alguns produtores, que não notificam casos suspeitos e ainda se expõem ao risco de contraírem a doença. A raiva é uma zoonose e pode passar dos animais para os humanos. “Nossa preocupação é com  a saúde dos rebanhos e das pessoas.  A transmissão para humanos pode acontecer durante a manipulação, principalmente no contato com a região da boca do animal durante o manejo”, explica o médico veterinário da Adapar, Ricardo da Silva.

A transmissão da raiva aos bovinos acontece através dos morcegos hematófagos, que se alimentam de sangue. A ocorrência de casos de raiva bovina é um sinal de que a vacinação deixou de acontecer. “A orientação é vacinar o rebanho aos três meses de idade, com reforço após um mês. E além disso,  ficar atento as condições de saúde do animal. Se começou andar estranho, de forma cambaleante, se caiu e morreu, notifique a Adapar para fazer a colheita de amostras. Não tem custo e nem penalidade”, orienta o médico veterinário da Adapar de Catanduvas Ricardo da Silva.

A raiva em bovinos não afeta o mercado no sentido graves, como o de embargos. Porém, os produtores podem ter prejuízos significantes que podem ser minimizados através da vacinação. É também importante comunicar a Adapar sobre a presença de supostos abrigos de morcegos, para que sejam cadastrados e monitorados periodicamente.

 

(Redação Sou Agro/Sou Agro)