Um puxa o outro: queda no preço do milho afeta diretamente mercado do frango
Se tem uma coisa que tem tirado o sono do produtor rural é a cotação do milho. Mas não é para menos, no Paraná por exemplo, os preços estão abaixo do R$ 50 operando em uma média estadual de R$ 49.
Nas últimas duas semanas teve uma leve alta nos preços internos e externos, mas nada animador, pois já voltaram a cair. Em algumas regiões acompanhadas pelo Cepea, como Mogiana (SP), Norte do Paraná e Dourados (MS), os valores médios já são os menores do ano.
- Preocupação continua: milho atinge o preço mais baixo do ano
- Além da queda nos preços, dificuldade no armazenamento também preocupa produtores de milho
- A conta não fecha: depois de altos custos de produção preço do milho está abaixo dos R$ 50
Mas como eu disse, isso afeta todo mercado, inclusive o da produção animal, como é o caso do frango que precisa do cereal para se alimentar. Dilvo Grolli presidente da Coopavel detalha como a produção aviária já sente os reflexos dessa queda brusca nos preços do milho.
“O milho é um produto importante para as fábricas de ração e consequentemente também para compor o custo do frango. Esse ano, o milho de janeiro a junho teve uma queda de 38%, mas no preço final da ração representou uma queda de 20% no preço. Que a ração é composta por meio de um farelo de soja e outros ingredientes. E a carne de frango também no mercado caiu em torno 20%”, afirma Dilvo.
De fato essa queda livre nos preços do milho tem um reflexo significativo no valor das proteínas, como é o caso do frango. Para Dilvo, esse é um momento delicado.
“Se o milho caiu 38%, isto representou uma queda no preço da ração de 20% nós também temos que entender que no mercado pelo excesso de produção de frango que nós temos nosso frango caiu também 20% o mercado. Então trata-se de um momento em que o milho caiu, o milho é importante para a ração, mas também caiu o preço do mercado no frango. Eu acho que nós temos que buscar o equilíbrio entre a agricultura que produz grãos e o preço final das proteínas animais principalmente
carne e frango, a carne suína e também o leite que são produtos que usam bastante ração”, finaliza Dilvo