Com papel fundamental no confinamento de bovinos, a leitura de cocho fornece parâmetros essenciais para avaliar a necessidade de ajustar o volume diário da dieta a ser distribuída aos animais, sendo esta, uma das rotinas diárias mais importantes do confinamento e que tem grande impacto no lucro da atividade.

“Quando realizada de forma correta, a prática contribui para evitar desperdícios e otimizar toda a operação. O impacto positivo dessa abordagem reflete-se no resultado econômico da fazenda pois a produtividade é comprovadamente maior”, destaca Bismarck Santiago, Consultor Técnico Beef da Trouw Nutrition.

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O especialista conta que essa técnica auxilia os pecuaristas no manejo e na nutrição dos bovinos de diversas maneiras. “Para formular a dieta de determinado lote consideraram-se as exigências nutricionais de cada animal de acordo com sexo, idade, grupo genético, tamanho, estado corporal e taxa de ganho de peso. E é nessa estratégia que a leitura de cocho está inserida, porque possibilita o fornecimento aos animais da quantidade necessária de ração de acordo com suas características e necessidades, possibilitando ao animal expressar seu potencial produtivo”, detalha Bismark.

No entanto, implementar a leitura de cocho em uma propriedade apresenta desafios. “Um dos principais pontos a considerar é a disponibilidade de mão de obra. O responsável por esse procedimento deve entender a importância da prática e ter habilidades de observação e interpretação dos indicadores, além de ser treinado para perceber a aparência das sobras, respondendo à variação – sobra ou falta. Além da observação do cocho, é necessário que o responsável pela leitura esteja sempre atento ao comportamento dos animais durante o trato, garantindo que estejam se alimentando com calma e sem disputas. Com base nessas observações, os produtores podem ajustar a quantidade de dieta oferecida, aumentando ou diminuindo conforme necessário”, ressalta o consultor técnico da Trouw Nutrition.

A realização inadequada da leitura pode acarretar consequências negativas porque causa prejuízo no desempenho animal e, consequentemente, reduz a lucratividade da atividade. “Por exemplo, se a leitura indicar para reduzir o fornecimento quando deveria ser aumentado, os animais ficarão com fome e não atingirão seu potencial de ganho de peso. De outro modo, se for indicado o aumento da oferta quando o ideal seria reduzir, pode haver sobras excessivas no dia seguinte, o que gera desperdício e custos adicionais de produção. Ainda, é importante garantir que não haja leitura de cocho zero (cocho vazio) ao longo do dia, entre os tratos”, alerta Bismarck.

A prática resulta em maior produtividade e aproveitamento total dos ingredientes utilizados na formulação da ração, otimizando os recursos disponíveis na propriedade e tornando-a eficiente. Contudo, o técnico reforça que as leituras podem variar durante a fase de adaptação e os aumentos serem maiores em função do comportamento animal, como indicado na tabela abaixo.

(Com textocomunicação)

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(Emanuely/Sou Agro)