INFRAESTRUTURA
Estrada importante para escoamento do PR é bloqueada após deslizamentos de terras
Mais uma vez o Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR) bloqueou o tráfego de veículos na Estrada da Graciosa (PR-410) na noite desta terça-feira (18), às 19h. A medida foi necessária após o deslizamento de vegetação e terra na altura do km 11+200, local em obras, tendo sido danificado originalmente pelas chuvas em janeiro.
Um grande volume de lama atingiu a pista, tornando impossível o tráfego de veículos no momento. Equipes da empresa que realizam os serviços de recuperação emergencial estão atuando no local, buscando retomar a trafegabilidade.
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O DER/PR vai manter a rodovia fechada durante a noite, com as condições sendo reavaliadas na manhã desta quarta-feira (19).
HISTÓRIA SE REPETE
Em março essa mesma rodovia havia sido bloqueada pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná devido ao acumulado de chuva. A medida tinha caráter preventivo, visando garantir a segurança de usuários da via, uma vez que os recentes escorregamentos de terra foram registrados em ocasiões semelhantes.
As condições climáticas, bem como as condições da faixa de domínio da Graciosa, foram monitoradas pelo DER/PR.
FAEP DEMONSTROU PREOCUPAÇÃO COM BLOQUEIOS ANTERIORES
Ainda em março, a FAEP uma nota de posicionamento em relação a interdição da BR-277 e da estrada da graciosa. O bloqueio da rodovia já provoca impactos significativos no escoamento da safra de soja, em um momento em que o Estado tem perspectivas de bater um recorde de produção.
FAEP apontou que os bloqueios na rodovia que leva ao Porto de Paranaguá vai gerar prejuízos incalculáveis ao agro paranaense. A fila de caminhões, que não conseguem chegar ao Porto de Paranaguá, gera demurrage – taxa de estadia dos navios por período que permanecem atracados, aguardando a chegada das cargas. Esse dinheiro sai do bolso do produtor rural. Há notícias de cooperativas e traders que têm optado a escoar sua produção pelos portos de Santos, em São Paulo, e de São Francisco, em Santa Catarina, ainda que com frete mais caro.
De acordo com a FAEP, “Esse cenário é inconcebível. Desde 2016, a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), juntamente com outras entidades que representam o setor produtivo, vinha alertando o governo do Estado sobre as necessidades de antecipar a licitação das rodovias do Anel de Integração, cujas concessões venceram em novembro de 2021.”
Com o fim das concessões, as rodovias paranaenses ficaram sem manutenção e sem serviços de monitoramento geológico ao longo de toda a malha. Com isso, entre o fim de 2022 e o início de 2023, já assistimos a outros incidentes que culminaram com bloqueios na BR-277, na BR-376 e na Estrada da Graciosa. Uma análise técnica contratada pela FAEP tinha apontado que todos esses episódios poderiam ter sido evitados e/ou minimizados se houvesse a continuidade do serviço de monitoramento geológico que era feito pelas concessionárias. Ou seja, tratava-se de um caos anunciado.
“A inabilidade política do governo do Paraná está custando caro à sociedade. As diferenças políticas deveriam ter se encerrado nas eleições. É urgente que Estado e governo federal se definam quanto a nova modelagem do pedágio. Essa situação não pode se estender e penalizar o povo paranaense ainda mais.” afirma FAEP.
(Com AEN)