Sucesso do lavoura-pecuária-floresta será mostrado em dia de campo
O Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) é um sistema de produção eficaz e consolidado no agronegócio brasileiro. Exemplos de sucesso se espalham de norte a sul do País. Um desses casos será apresentado neste sábado 10, em um dia de campo, como parte das comemorações dos 50 anos de criação da Embrapa e 48 anos de atuação da empresa no Piauí. O evento será desenvolvido a partir das 9 horas, na fazenda Sol Posto, da própria Embrapa, no município de Campo Maior, a 90 quilômetros ao norte de Teresina.
Quatro estações modelam esse dia de campo. A primeira focará o consórcio de milho e sorgo mais capim em sistema ILP, além da produção de silagem e pasto para uso na atividade pecuária. A segunda mostrará cultivares de milho, sorgo e forrageiras utilizadas em consórcio. Na terceira, o foco será as oportunidades de pecuária em sistemas integrados de ILP à região dos carnaubais, com ênfase na bovinocultura de corte e leite e na ovinocultura em sistemas integrados. A quarta estação apontará as alternativas de forrageiras para o processo de ensilagem.
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A integração que preserva
Um exemplo bem acabado de sucesso do ILPF está na fazenda Barbosa, no município de Brejo, no leste maranhense, a 313 quilômetros de São Luís. São destaques na adoção do sistema o rendimento médio da soja em 12 safras, que saíram de 47 sacos por hectare em 2010 para 56,6 em 2021. Já a média no milho mais o capim alcançou 106 sacos por hectare. Na terminação e engorda de bovinos a pasto, foram obtidos 2,5 animais por hectare. Houve, também incremento na matéria orgânica de 2,28 em 2010 para 2,98% na camada 0-10cm em 2021. Outro dado importante da ILPF na fazenda, segundo o analista Marcos Teixeira, é na área florestal, que vem aumentando renda à fazenda.
Teixeira lembra que os estados do Piauí e do Maranhão “já se beneficiam desse sistema, principalmente nos cerrados, onde estão as regiões polos produtoras de grãos, que vem adotando o sistema ILPF como estratégia de produção”. Ele destaca que os “resultados e impactos” do sistema promove uma “agricultura conservacionista, mantendo a recuperação de pastagens degradadas com o uso de culturas de cobertura, plantio direto e diversificação na rotação de plantios”. Os impactos ambientais gerados na atividade agropecuária, segundo o analista, são mitigados, “preservando e deixando o solo produtivo para futuras gerações”.
Os sistemas integrados de produção, com a primeira modelagem em lavoura-pecuária, começou em 2005, em uma ação de transferência de tecnologia na Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas/MG), liderando mais dez unidades. A Embrapa Meio-Norte trabalhou no projeto atuando com ações nos cerrados do Piauí e Maranhão. A etapa seguinte, que consolidou o componente “florestal”, também em transferência de tecnologia, estabeleceu a Embrapa Cerrados (Planaltina/DF) como líder do projeto. Já consolidado, o sistema entrou na terceira fase, em 2014, com o projeto em rede sob a liderança da Embrapa Sede, atuando nas cinco regiões do País. Nesta fase, a unidade Meio-Norte coordenou as ações na região Matopiba, que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
(Com EMBRAPA)