AVICULTURA
Gripe aviária chega ao Paraná; primeiro caso é confirmado no estado
O Paraná registrou o primeiro caso de gripe aviária no estado. A confirmação está no site oficial de monitoramento de casos do Ministério da Agricultura e Pecuária .
Esse primeiro caso foi na cidade de Antonina em uma ave silvestre da espécie Trinta-Réis-Real, nesta sexta-feira (23).
De acordo com os dados oficiais, no Paraná há um caso confirmado da doença, um em investigação Pontal do Paraná, além de seis amostras coletadas e 151 investigações finalizadas.
Ainda de acordo com os dados de monitoramento do Mapa, são 46 casos confirmados no Brasil até o momento. Seis estão em investigação, 277 estão com amostras coletadas e 1,4 mil investigações já foram finalizadas.
A GRIPE AVIÁRIA
A gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne de aves e nem de ovos. As infecções humanas pelo vírus da Influenza Aviária ocorrem por meio do contato direto com aves infectadas (vivas ou mortas).
SEM MUDANÇAS NO STATUS DO BRASIL
“Não há mudanças no status brasileiro de livre da IAAP [influenza aviária de alta patogenicidade] perante a Organização Mundial de Saúde Animal, por não haver registro na produção comercial”, completou o governo federal.
O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin afirma que é possível manter longe da produção: “O Brasil era o único grande produtor onde [a gripe] não tinha chegado. Agora chegou no nosso território, e a gente tem condição de mantê-la longe da produção para que isso não tire comida da mesa do nosso consumidor”, enfatizou.
EMERGÊNCIA ZOOSSANITÁRIA
O Ministério da Agricultura e Pecuária declarou estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional em função de casos de gripe aviária detectados em aves silvestres. A portaria, assinada pelo ministro Carlos Fávaro, foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União em 22 de maio e tem validade de 180 dias.
De acordo com a pasta, o objetivo da medida é evitar que a doença chegue à produção de aves de subsistência e comerciais, além de preservar a fauna e a saúde humana. Ainda segundo o ministério, a declaração de estado de emergência zoossanitária possibilita a mobilização de verbas da União e a articulação com outros ministérios e organizações governamentais nas três instâncias e não governamentais.
A portaria também prorroga, por tempo indeterminado, a suspensão da realização de exposições, torneios, feiras e outros eventos com aglomeração de aves, além da criação de aves ao ar livre, com acesso a piquetes sem telas na parte superior, em estabelecimentos registrados no ministério.
“A medida se aplica a quaisquer espécies de aves de produção, ornamentais, passeriformes, aves silvestres ou exóticas em cativeiro e demais aves criadas para outras finalidades”, detalhou a pasta.