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Evento do setor da horticultura irá apresentar 12 novas tecnologias

Emanuely
Emanuely

De 21 a 23 de junho, a Embrapa participa da 28ª Exposição Técnica de Horticultura, Cultivo Protegido e Culturas Intensivas (Hortitec). O evento, que acontece no Pavilhão de Exposições da Expoflora, em Holambra (SP), é considerado um dos mais importantes do setor hortifrutícola na América Latina e nesta edição vai reunir 490 empresas expositoras do Brasil e do exterior, com expectativa de cerca de 32 mil visitantes, segundo os organizadores.

A Embrapa levará à exposição lançamentos, tecnologias disponíveis para o mercado e oportunidades de parcerias. Ao todo estarão presentes cinco Centros de Pesquisa, que irão apresentar 12 tecnologias.

No dia 22, no estande da Empresa, a partir das 10h30, será feito o lançamento da cenoura BRS Carmela, primeiro híbrido de verão desenvolvido por uma empresa pública, indicada para plantio nas condições de primavera e verão nas principais regiões produtoras do Brasil.

Também será feita a apresentação da cultivar de pimenta BRS Araçari, a única Habanero no Brasil que não tem ardência. As duas cultivares estão sendo comercializadas pela Isla Sementes e foram desenvolvidas pela Embrapa Hortaliças (DF).

Ainda no dia 22, ocorre a divulgação do edital da cultivar de morango (BRS Fênix), desenvolvida pela Embrapa Clima Temperado (RS) em parceria com a Embrapa Hortaliças, e que será lançada em setembro deste ano.

No mesmo dia, acontece o Painel de Inovação e Negócios promovido pela Embrapa e o Instituto Brasileiro de Horticultura (Ibrahort), que este ano terá o tema “A transformação digital na horticultura”. O painel vai reunir especialistas da Embrapa e representantes de empresas e de startups para discutir o panorama e as perspectivas para adoção de tecnologias digitais no setor.

As inscrições são gratuitas. Confira aqui a programação completa.

Rastreabilidade digital

Embrapa Agricultura Digital (SP) vai apresentar durante a 28ª Hortitec o Sibraar, sistema de rastreabilidade que utiliza a tecnologia digital blockchain para oferecer ao consumidor informações sobre a qualidade e procedência dos produtos de forma transparente.

Apto para ser utilizado em diferentes cadeias produtivas, durante a Hortitec será apresentada a sua aplicação com foco em frutas, verduras e legumes (FLV), numa parceria com a Ferpall Tecnologia. A empresa especializada em soluções e ferramentas para a rastreabilidade de alimentos está incorporando o sistema da Embrapa na sua plataforma Frutag. De acordo com Anderson Alves, supervisor de negócios da Embrapa Agricultura Digital, soluções digitais como o Sibraar oferecem maior transparência ao consumidor e contribuem para que produtos brasileiros acessem mercados com regras cada vez mais exigentes.

Com o Sibraar, os dados de originação das matérias-primas são gravados em uma cadeia de blocos digitais, por meio da blockchain, gerando uma trilha para a auditabilidade, sem risco de alterações. Por meio de um QR Code estampado na embalagem do produto, qualquer pessoa pode verificar as informações sobre a origem e o processo de fabricação, fornecidas pelo produtor.

O sistema foi desenvolvido inicialmente para a cadeia sucroenergética, com o lançamento do açúcar mascavo e do açúcar demerara, já disponíveis no mercado, em parceria com a Usina Granelli e a Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo (Coplacana). Além do segmento de FLV, por meio do licenciamento, a tecnologia começa a ser expandida também para outros produtos, como pescado, carnes, café e ovos, entre outros.

Nova cultivar de morango: em busca de parcerias

Outras três tecnologias serão apresentadas pela Embrapa Clima Temperado (RS), entre elas a BRS DC 25 Fênix, nova cultivar de morango que será lançada em setembro deste ano. O material apresenta boa produtividade de frutos grandes, mais doces – atendendo à preferência nacional – e firmes – o que garante maior durabilidade no transporte. A nova variedade é destinada ao consumo in natura, mas também pode ser utilizada na indústria de frutas congeladas.

Também é considerada precoce, com baixa necessidade de frio para a produção. Essas características permitem intervalo menor entre plantio e início da colheita, aumentando a janela de produção e estendendo a oferta de frutas de qualidade – de maio a dezembro – ao mercado consumidor. Para o produtor, maximiza o retorno econômico pela obtenção de preços mais elevados em período anterior às principais cultivares disponíveis no mercado

A nacionalização da produção de mudas também tem impacto na redução de custos, tendo em vista o alto custo das mudas importadas e dos royalties dessas cultivares estrangeiras utilizadas no Brasil.

O edital deve ser publicado a partir do dia 20 de junho, no portal da Embrapa na internet, para viveiristas interessados na multiplicação de mudas do novo material que será ofertado ao setor produtivo. A recepção da documentação deve ocorrer de 1º a 21 de julho.

Batata resistente e versátil

batata BRS F50 (Cecília), por sua vez, foi desenvolvida pela Embrapa Clima Temperado (RS) e pela Embrapa Hortaliças (DF) em 2022. A cultivar apresenta maior resistência a duas das principais doenças da cultura: a requeima e a pinta preta. Isso confere ao material indicação ao cultivo orgânico pela menor dependência de produtos químicos para controle dessas doenças.

A variedade produz tubérculos de pele amarela – preferida por entre 70% a 80% do mercado nacional -, com teor relativamente alto de matéria seca. Essa composição também confere à cultivar dupla finalidade de uso: cocção e fritura. No campo, possui ciclo vegetativo médio, com cerca de 110 dias, e potencial produtivo elevado, podendo chegar a 45 toneladas por hectare.

Produtores licenciados para a comercialização de batata-semente podem ser encontrados na página da cultivar.

Cebola mais resistente ao pós-colheita

A terceira tecnologia da Embrapa Temperado, a Cebola BRS Prima tem maior durabilidade no pós-colheita e foi lançada no ano passado. A cultivar se destaca pela resistência do bulbo após a colheita em função da retenção alta e da espessura grossa da casca. Essas características resultam em maior durabilidade e oferta nos períodos de entressafra, garantindo melhores preços ao agricultor. O ciclo precoce, entre 150 a 170 dias, permite colheita antecipada e possibilita a obtenção de melhores preços na comercialização.

Indicada para os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, a variedade apresenta alto percentual de bulbos de padrão comercial e alto potencial produtivo, com produtividade média de 44,1 toneladas por hectare. Também possui resistência a doenças foliares, o que resulta em menor uso de defensivos químicos.

(Com EMBRAPA)

(Emanuely/Sou Agro)