AGRICULTURA

Conheça cinco tecnologias para desenvolver a ‘agricultura digital’

Emanuely
Emanuely

A agricultura no Brasil avançou bastante nos últimos anos graças a uma série de investimentos, como uso de maquinário mais moderno, novos insumos, desenvolvimento genético de plantas, práticas adequadas ao manejo, entre outros, tornando o país um dos principais produtores e exportadores de alimentos no mundo.

Em 2021, segundo o estudo O Agro no Brasil e no Mundo – edição 2022, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o país conquistou marcas importantes, como: liderança mundial na exportação de soja (91 milhões de toneladas); 3º maior produtor de milho e feijão (105 milhões e 2,9 milhões de toneladas, respectivamente); liderança na produção mundial de açúcar (mais de 1/3 da produção mundial é brasileira); maior exportador de carne bovina (2,5 milhões de toneladas).

Para continuar evoluindo e alcançando grandes marcos no agronegócio, a chamada “agricultura digital”, que trata do uso de tecnologias avançadas com objetivo de integrar um sistema, permitindo que os produtores e outras partes envolvidas no setor melhorem a produção de alimentos, se faz bastante necessária.

Por isso, elencamos abaixo 5 tecnologias para desenvolver o agronegócio:

1. Biotecnologia para aumentar a produtividade e padronizar grãos

A biotecnologia, que trata de procedimentos para manipular visando fabricar ou modificar produtos, pode auxiliar tanto no aumento como na padronização da produção de grãos, podendo interferir positivamente na previsibilidade e qualidade das safras. Segundo dados do estudo “GM Crops: Global Socio-economic and Environmental Impacts 1996-2014”, da consultoria inglesa PG Economics, culturas geneticamente modificadas favoreceram à adoção de práticas agrícolas mais sustentáveis, aumentando a produtividade e renda do agricultor: em 19 anos de adoção de biotecnologia na agricultura, as culturas modificadas foram responsáveis por uma produção adicional de 158,4 milhões de toneladas de soja e 321,8 milhões de toneladas de milho.

2. Drones para monitoramento de lavouras

Os drones já são usados na agricultura e são uma fonte importante na coleta de dados para subsidiar os sistemas de inteligência artificial. Eles auxiliam na identificação de falhas de plantio, infestações de ervas daninhas, ataques de pragas e excesso ou falhas de irrigação. No caso de grandes lavouras, com milhares de hectares, essa é uma alternativa viável para cuidar de perto da plantação sem precisar remanejar pessoas exclusivamente para essa ação. Com as imagens obtidas e o aprendizado de máquina, a inteligência artificial reconhece e aponta as falhas e alterações.

3. Integração de internet em toda a fazenda

Por meio da integração de internet em toda área da fazenda, passando pelas pessoas, serviços e máquinas é possível observar reflexos positivos, como aumento da produtividade, redução do uso de defensivos agrícolas e de água, economia de combustível e, consequentemente, incremento na sustentabilidade. O apoio de infraestrutura do governo e das operadoras de celular e internet é bastante importante, pois a União, Estado e empresas são os responsáveis por disponibilizar os sinais, que, nem sempre, são oferecidos com qualidade em áreas do interior dos estados, onde estão localizadas boa parte das plantações. No ano passado foi sancionada, inclusive, a Política Nacional de Incentivo à Agricultura e Pecuária de Precisão (Lei 14.475/2022), que prevê “estímulo à ampliação da rede e da infraestrutura de conexão de internet nas áreas rurais do país”.

4. Inteligência artificial para gestão de dados

Este avanço tecnológico — por meio de bancos de dados e padrões — permite que decisões possam ser tomadas de forma mais assertiva, facilitando o monitoramento, gestão e controle de todas as etapas que envolvem a produção agrícola. Um dos exemplos vem da Docket, empresa de tecnologia brasileira que criou soluções que atendem o setor, de ponta a ponta, para operações de crédito agrícola que envolvem documentos. Com a R.E.A, seu produto de inteligência artificial que realiza todo processo de análise e extração de dados de documentos, é possível realizar a leitura de matrículas de imóveis rurais em segundos, trazendo agilidade e reduzindo custo para as operações de crédito agrícola em todo Brasil.

5. Gerenciamento de documentos de ponta a ponta na cadeia produtiva

Todo empresário do agronegócio sabe que os processos inerentes ao setor exigem uma série de documentos e informações. Nesse cenário, as tradings do agronegócio precisam emitir, organizar e processar uma série de informações de produtores e outras partes interessadas para dar continuidade às operações de crédito agrícola. Para ajudar o desenvolvimento da agricultura cada vez mais digital, a Docket, via um dos seus produtos, o Shopping de Documentos, centraliza todas as informações e documentos do produtor rural e as garantias das operações, reduzindo o tempo de formalização em mais de 90%. Além disso, a plataforma controla todos os vencimentos dos documentos e cria uma recorrência nas emissões, reduzindo o custo de formalização nos períodos de safras. Já a plataforma de Alvarás e Licenças auxilia o agronegócio na gestão e controle e armazenamento de documentos regulatórios para as regionais de grandes empresas até as revendas, digitalizando os controles que, muitas vezes, eram feitos em planilhas de excel.

(Com Docket)

(Emanuely/Sou Agro)