Foto: Envato/ Sou Agro

Associação de avicultores: Brasil está fazendo trabalho rigoroso para gripe não chegar ao setor comercial

Liliane Dias
Liliane Dias
Foto: Envato/ Sou Agro

Durante coletiva virtual na tarde de ontem (1), a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), procurou tranquilizar a todos dizendo que o serviço oficial e o segmento da avicultura como um todo estão fazendo um trabalho rigoroso para evitar que a Influenza Aviária chegue ao setor comercial. “Os técnicos da Defesa Sanitária estão realizando um forte trabalho na Reserva do Taim, com helicópteros e drones e com um monitoramento permanente das aves migratórias para evitar que a doença se espalhe”, ressaltou o presidente da Asgav, José Eduardo dos Santos.

Santos afirmou que o setor vem atuando em várias frentes setoriais para monitorar esses casos surgidos no Brasil em aves silvestres. “Sempre trabalhávamos com a possibilidade de a Influenza Aviária chegar ao Brasil depois que ela foi registrada em aves silvestres migratórias na Argentina e no Uruguai”, comenta.

Santos disse que os casos de Influenza Aviária em aves silvestres não alteram em nada o status do Brasil, pois não há casos na avicultura comercial. “Estamos na fase final de preparação do 4a Conbrasul, que será realizada em junho, o qual oportunizará melhor ao setor mais conhecimento e entendimento sobre a doença, que nunca havia sido registrada no Brasil”, complementa.

Para o presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, é preciso pensar que não há razões para se deixar de debater os assuntos importantes para o setor, mesmo neste momento. “Precisamos pensar que os Estados Unidos não deixaram de realizar eventos mesmo tendo casos ativos de Influenza Aviária ativa em 47 dos seus 50 estados. Eu gostaria que os casos da doença ficassem restritos, mas temos de ter a consciência de que as aves migratórias que trouxeram a enfermidade em 2023 podem voltar ao Brasil novamente no próximo ano. Então precisaremos aprender a conviver com essa doença, assim como o mundo já fez”, destaca Santin.

Santin informa que o trabalho sendo realizado visa preparar o país em termos de defesa sanitária, com ações que envolvem a hipótese de se adotar uma vacina contra a Influenza Aviária ou a plena erradicação dos casos. “São em eventos como a Conbrasul que poderemos discutir isso”, pontua.

Santin comenta que o Brasil está plenamente seguro daquilo que vem fazendo para seguir livre da Influenza Aviária, elevando agora o nível de prevenção nas granjas, tanto de corte quanto de postura. “O Brasil está avançando na exportação de ovos, para atender mercados como o Japão, o maior comprador, bem como outros mercados, como Taiwan”, sinaliza.

O presidente do Instituto Ovos Brasil, Edival Veras, relembra uma importante decisão tomada pelo setor avícola de adotar o cercamento de todas as granjas há 10 anos. “Essa medida foi muito importante, pois garante a biosseguridade como a questão mais importante atualmente dentro das granjas brasileiras”, conclui.

A 4a Conbrasul – Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Ovos – ocorrerá entre os dias 18 a 20 de junho em Gramado (RS).

(Com Agência Safras)

(Liliane Dias/Sou Agro)

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