Puxadas pela soja e frango, exportações paranaenses têm melhor 1º quadrimestre da história
#sou agro| A balança comercial internacional do Paraná registrou o melhor desempenho dos quatro primeiros meses do ano da sua história. As exportações somaram cerca de US$ 7,3 bilhões no período, resultado 11,2% acima do primeiro quadrimestre de 2022 (US$ 6,5 bilhões) e o mais alto índice da série histórica analisada pela Secretaria de Comércio Exterior, do Governo Federal (Secex) desde 1997.
O recorde de desempenho paranaense foi puxado, sobretudo, pelas exportações de carne de frango, com US$ 1,3 bilhão de exportações acumuladas no ano, o equivalente a 17,6% do total. A soja também tem um grande peso na balança comercial do Estado, com 16,5% do valor total das vendas no caso dos grãos (US$ 1,2 bilhão), 7,4% no farelo (US$ 536 milhões) e 3,8% no óleo (US$ 276 milhões).
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Em valores proporcionais, a maior alta entre 2022 e 2023 foi registrada nas exportações de cereais, que passaram de US$ 135,5 milhões para US$ 450,3 milhões, um crescimento de mais de 232% entre os quadrimestres analisados, fazendo com que o produto passasse de 2,1% para 6,2% das vendas paranaenses ao mercado internacional.
O desempenho na exportação de máquinas e aparelhos de terraplanagem e perfuração, com 81,9% de aumento (US$ 110 milhões), seguido por veículos de carga (47,8% de aumento, chegando a US$ 131 milhões) e produtos químicos (46,5% de aumento, chegando a US$ 91,4 milhões), também contribuíram consideravelmente com o resultado inédito do Paraná.
De acordo com o diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Jorge Callado, a aceleração das exportações do Estado já era prevista, considerando o presente ritmo de escoamento da produção agrícola. “Além disso, o Paraná vem registrando aumento considerável das exportações de vários bens manufaturados, como os automóveis, o que evidencia a diversificação produtiva do Estado”, afirma.
MERCADOS CONSUMIDORES – Neste ano, os produtos fabricados no Paraná chegaram aos mercados de 175 países. Entre os principais destinos da produção paranaense, a China lidera com folga, com mais de US$ 1,5 bilhão no 1º quadrimestre do ano, o que representa uma variação positiva de 7,1% em relação a 2022. Na sequência, aparecem Argentina (US$ 502 milhões), Estados Unidos (US$ 443 milhões) e México (US$ 311 milhões).
Com um crescimento de 146% nas exportações nos quatro primeiros meses de 2023, a maior alta proporcional entre os maiores compradores, o Japão figura na quinta colocação, com US$ 279,3 milhões em vendas.
Não à toa, o país asiático foi um dos destinos da missão internacional do Governo do Estado em março, quando a equipe, liderada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior cumpriu uma série de encontros bilaterais buscando a abertura de novos mercados para a carne paraense e o fortalecimento de parcerias na educação, sustentabilidade e novos negócios.
MELHOR ABRIL – A performance em abril de 2023 também foi a melhor para o mês nos 26 anos da série histórica, com um crescimento de 6,7% em relação a abril de 2022, totalizando US$ 2,1 bilhões. Com isso, o Paraná figura como o quarto maior exportador entre os estados brasileiro, representando 7,7% de toda a produção nacional vendida para fora (US$ 27,3 bilhões). No Sul, onde as vendas totalizam US$ 4,7 bilhões, os produtos paranaenses representam 45% da participação, fazendo com que o Estado lidere o comércio internacional na região.
Praticamente um terço das exportações no mês foram de soja em grão, uma variação positiva de 42,4%. No período, US$ 686,6 milhões foram injetados na economia paranaense por causa da produção e venda do grão. Em valores absolutos, também pesaram para o resultado inédito o frango, com US$ 37 milhões a mais exportados, o açúcar (US$ 13 milhões), máquinas, aparelho e instrumentos mecânicos (US$ 10 milhões), produtos químicos (US$ 9,7 milhões) e automóveis (US$ 8,9 milhões).
Em abril de 2023, o Paraná também registrou uma redução de 16% no valor das importações, de US$ 1,76 bilhão para US$ 1,5 bilhão, em produtos adquiridos de 104 países para consumo interno, com destaque para os produtos químicos, petróleo, material de transporte, mecânica e materiais elétricos e eletrônicos. Com isso, o a balança comercial do mês fechou com um saldo de US$ 636 milhões, contribuindo com o superávit anual de US$ 1,3 bilhão.
(Com AEN)