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AGRICULTURA

Projeto para fortalecimento da produção de cacau vai beneficiar mais de 3 mil produtores rurais

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Tatiane Bertolino
Tatiane Bertolino

Com o objetivo de fortalecer o Sistema Cabruca, revitalizar lavouras e beneficiar cerca de 3 mil produtores de cacau do sul da Bahia, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), por meio da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo (SDI)/Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) lançaram , em Salvador (BA), o projeto “Conservação da Mata Atlântica por meio do manejo sustentável de paisagens agroflorestais com cacaueiros (GEF-Cabruca)”.

Financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), o projeto coordenado pela FAO e o Mapa, por intermédio da Ceplac/SDI, tem duração prevista de quatro anos, com um investimento de U$ 4,7 milhões destinados à conservação da Mata Atlântica, à inclusão produtiva e melhoria da qualidade de vida das populações rurais. Ações que visam fortalecer o Sistema Cabruca (modo de cultivo agroflorestal, que utiliza a sombra de árvores nativas para a produção de cacau), revitalizar 50 mil hectares de lavouras de cacaueiras e transformar 1,6 milhão de hectares de paisagens no estado da Bahia.

De acordo com a diretora da Ceplac, Lucimara Chiari, este é um projeto promissor para a região cacaueira tradicional do sul da Bahia. “O GEF-Cabruca possibilitará ao cacauicultor produzir de forma sustentável, preservando a paisagem local e a biodiversidade e, ainda, ampliar a produtividade, a rentabilidade e a qualidade do fruto, promovendo uma transformação socioeconômica e ambiental. Esse é o legado que queremos deixar para a região sul da Bahia”, completou.

O representante da FAO no Brasil, Rafael Zavala, destacou a cooperação entre todos os atores envolvidos e comemorou a “feliz coincidência de termos um projeto realizado no início da Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas”. Ele ressaltou também a importância dos agricultores e agricultoras na produção de cacau sustentável, voltado para a conservação da floresta, destacando a relevância e o protagonismo das mulheres rurais nesse processo.

Com Mapa

(Tatiane Bertolino/Sou Agro)