Foto: Jonathan Campos/AEN
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Mercado de tilápia está cada vez mais aquecido; Paraná é líder na produção brasileira

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Débora Damasceno
Débora Damasceno

#souagro| O Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES) publicou nesta semana o 45º volume da Análise Conjuntural, documento analítico composto por artigos escritos por economistas do Núcleo de Macroeconomia e Desenvolvimento Regional do IPARDES e que foca na descrição, avaliação e previsão dos movimentos de curto prazo da economia do Estado e mostra ótimos resultados para o mercado de tilápia.

Segundo Jorge Callado, diretor-presidente do IPARDES, esse periódico mostra dados econômicos e situações bem atuais: “A Análise Conjuntural é uma publicação tradicional que acompanha as tendências e situações da economia do Estado, trazendo, a cada dois meses, uma visão ampla das principais tendências de desenvolvimento do Paraná num espaço curto de tempo”.

 

Nesta edição, a Análise Conjuntural traz um texto autoria do economista Guilherme Amorim sobre a elevação das exportações paranaenses de tilápia, que tem o Estado como protagonista nacional. De 32 toneladas em 2018, a exportação paranaense de peixes saltou para 5,1 mil toneladas em 2022, com a tilápia representando 38,52% dessa modalidade comercial. A criação comercial de tilápias está presente em 363 dos 399 municípios paranaenses, com Nova Aurora despontando na liderança, sendo responsável por 13,82% da produção.

Em 2022, as vendas de carne de tilápia do Paraná para o Exterior, sob diferentes formas, atendeu 34 países. Os Estados Unidos foram o principal destino.

E as perspectivas do mercado externo para o segmento são promissoras. Embora a demanda norte-americana seja primordialmente atendida pela China, questões tarifárias e custos de frete têm aberto espaço naquele mercado para a tilápia brasileira, colombiana, tailandesa e vietnamita. Há, ainda, a tendência de que o consumo de peixes mais caros seja substituído pelo da tilápia, especialmente em economias atingidas por surtos inflacionários, como as europeias.

Em outro texto, Amorim aborda a fase atual do comércio, impactado pela inflação, que tem restringido o consumo das famílias. Segundo ele, componentes locais e fatores externos se combinaram e provocaram aumentos de bens e serviços com pouca elasticidade de preço, especificamente de alimentos, combustíveis e energia elétrica. Entre maio de 2021 e julho de 2022, a inflação anualizada na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), para famílias com renda mensal entre um e cinco salários mínimos, se manteve acima de 10% ao mês.

Outro artigo, de autoria do economista, Francisco Gouveia Castro, analisa o comportamento do PIB paranaense e a contribuição dos setores de serviços e turismo nos resultados de 2022. O texto exemplifica que as atividades de serviços prestados às famílias cresceram 18,8% no acumulado em 12 meses, terminados em fevereiro de 2023. O resultado está vinculado ao maior consumo de serviços de alojamento e alimentação no Paraná, numa guinada pós-pandemia.

(Com Ipardes)

(Débora Damasceno/Sou Agro)