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Estudo aponta impactos da paralisação da BR-277 nos setores do transporte e do agronegócio do Paraná

Emanuely
Emanuely

#sou agro| A Esalq/LOG elaborou um estudo técnico apontando o impacto causado nos setores agropecuário e de transporte pelos incidentes registrados na BR-277, entre Curitiba e Paranaguá, e que afetaram o escoamento da safra. A avaliação leva em conta diferentes cenários e circunstância.

A BR-277, uma importante rodovia do estado do Paraná, tem sido palco de diversos problemas nos primeiros meses de 2023, afetando significativamente o agronegócio paranaense. Os deslizamentos ocorridos no final de 2022 na região de Morretes (PR) prejudicaram o fluxo de veículos que acessaram ou deixar o Porto de Paranaguá no período, impactando cadeias logísticas diversas.

O Porto de Paranaguá, por exemplo, é responsável por exportar cerca de 16% do volume de soja, milho e farelo de soja exportados pelo Brasil. Trata-se de uma situação em que um dos principais portos do país tem problemas na rodovia que permite o acesso terrestre
aos terminais, impactando a produtividade das operações de transporte rodoviário.

Esse problema tem gerado impactos econômicos significativos na região, afetando o setor de transporte e demais setores da economia. Para as cadeias produtivas do Paraná o impacto é ainda mais evidenciando, dado a representatividade do Porto de Paranaguá para os fluxos de exportação originados no Estado. Em 2020, por exemplo, foram exportados pelo porto cerca de 14,8 milhões de
toneladas de soja, milho e farelo de soja originados no estado (aproximadamente 80% das exportações paranaenses desses graneis). Um total de 11,5 e 9,1 milhões de toneladas de grãos foram exportados pelo Porto de Paranaguá em 2021 e 2022, respectivamente.

Ao afetar a produtividade das operações de transporte, as paralisações ocorridas na rodovia alteraram a dinâmica do mercado de fretes. Dados do Sistema de Informações de Fretes (SIFRECA, 2023) mostram que os preços dos fretes com destino à Paranaguá (PR) iniciaram o ano de 2023 muito acima do esperado para o mesmo período. Um exemplo desse impacto pode ser visto no transporte de grãos de Cascavel para Paranaguá, cujo frete médio para a primeira semana do ano foi de R$ 133,00 por tonelada.

Nos quatro anos anteriores, a cotação máxima para esse período girou em torno de R$ 100,00 por tonelada. Ainda para o ano de 2023, as cotações semanais do frete permanecem em um patamar bastante elevado em relação ao histórico dos últimos anos. Tais informações, para as vinte primeiras semanas de cada ano, estão apresentadas na Figura 1, conforme informações oriundas do SIFRECA (2023).

Tal cenário de alta nos valores de frete não se restringe apenas a essa rota. Os fluxos originados em Toledo (PR), Ponta Grossa (PR) e Guarapuava (PR), importantes regiões produtoras de grãos do estado, também iniciam o ano com recorde nas cotações de fretes
para Paranaguá (SIFRECA, 2023).

Preços mais elevados para o serviço de transporte afetam a rentabilidade do setor produtivo, especialmente em um contexto em que os
custos de produção já estão elevados.

Confira a análise completa AQUI

(Emanuely/Sou Agro)