#souagro| Nesta segunda-feira (22) mostramos aqui no Sou Agro que o Mapa, Ministério da Agricultura e Pecuária, declarou estado de emergência zoossanitária por 180 dias em todo Brasil após casos de gripe aviária. 

As exportações não foram afetadas, mas os trabalhos preventivos são ainda mais intensos. No Paraná, maior produtor e exportador de frango do Brasil a medida foi bem recebida, afinal, esse decreto representa mais verbas para o combate ao vírus.

• Brasil entra em estado de emergência zoossanitária após casos de gripe aviária
• Exportação de frango brasileira permanece normal, segundo ABPA, após emergência zoossanitária por gripe aviária

“Isso é importante, pois hoje o Paraná, que é o maior produtor e exportador de carne de frango do Brasil, dá uma tranquilidade para que a gente possa ter recursos e também mais agilidade no processo de combate e prevenção da influenza aviária. Nós não temos registro da doença na avicultura nem em aves de subsistência. O país continua considerado como livre de influenza aviária de alta patogenicidade. Porém, a gente tem que continuar com o trabalho de vigilância e prevenção para que realmente a gente continue com as nossas produções e exportações para o importante ativo da economia brasileira.”, disse o gerente de Saúde Animal da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Rafael Gonçalves Dias.

“Os produtores precisam continuar tomando todos os cuidados para não permitir que outras aves entrem nas granjas e para restringir a entrada nos aviários apenas às pessoas estritamente necessárias ao serviço”, reforçou.

Segundo ele, os consumidores não precisam se preocupar em relação à carne de frango. “Não há registro da doença em aves de subsistência ou comerciais no Brasil, mas, mesmo que isso ocorra, não há risco de contaminação em humanos pelo consumo da carne de frango”, afirmou Dias.

A detecção dos casos em aves silvestres não altera o status brasileiro de livre da doença perante a Organização Mundial de Saúde Animal. Dessa forma, o País pode continuar a produzir e exportar como faz até agora. O Paraná é o maior produtor e o principal exportador de carne de frango do Brasil.

CASOS

A Portaria n.º 587, do Mapa, publicada em edição extra do Diário Oficial da União, tem validade por 180 dias. A declaração de estado de emergência zoosanitária possibilita a mobilização de verbas da União e a articulação com outros ministérios, organizações governamentais – nas três instâncias: federal, estadual e municipal – e não governamentais.

“Todo esse processo é para assegurar a força de trabalho, logística, recursos financeiros e materiais tecnológicos necessário para executar as ações de emergência visando à não propagação da doença”, justificou o ministro Carlos Fávaro.

As aves que apresentaram gripe aviária nos dois Estados do Sudeste brasileiro são trinta-réis-de-bando (Thalasseus acuflavidus), trinta-réis real (Thalasseus maximus) e atobá-pardo (Sula leucogaster). Uma das orientações à população é que, se houver suspeita, as aves doentes ou mortas não sejam recolhidas, mas que se comunique o serviço veterinário mais próximo, a fim de que eventual vírus não se espalhe.

No Paraná, o serviço a ser acionado é o da Adapar, que tem escritórios em vários municípios. Devem ser comunicados comportamentos diferentes do usual nas aves, como complicações respiratórias, falta de ar, tosse, espirros ou fraqueza. Além do trabalho de checagem imediata em todos os casos denunciados, a Adapar realiza exames constantes em aves pelo Estado como estratégia de vigilância ativa.

FEIRAS

A Portaria n.º 587 também prorrogou, por tempo indeterminado, a vigência da suspensão de realização de exposições, torneios, feiras e outros eventos com aglomeração de aves e a criação de aves ao ar livre, com acesso a piquetes sem telas na parte superior, em estabelecimentos registrados no Mapa.

Essa medida, contida na Portaria n.º 572, aplica-se a quaisquer espécies de aves de produção, ornamentais, passeriformes, aves silvestres ou exóticas em cativeiro e demais aves criadas para outras finalidades.

(Com SEAB/PR)

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(Débora Damasceno/Sou Agro)