AGRONEGÓCIO
Bom momento do leite puxa venda de sêmen no 1º trimestre, aponta pesquisa
#sou agro| A elevação do preço do leite ao produtor nos últimos meses foi o principal responsável pelo aumento de 14% das vendas de sêmen de aptidão leiteira nos primeiros três meses de 2023, aponta o Index Asbia. No período, foram comercializadas 1,27 milhão de doses de sêmen para leite contra 1,11 milhão de doses no ano passado. O volume, o maior em 5 anos, refere-se à venda para os clientes finais.
“Esses números estão perfeitamente alinhados ao cenário atual do leite. Os preços ao produtor fecharam 2022 na casa do R$ 2,65 o litro e estão em R$ 2,81, segundo o Cepea. O grande impacto da genética superior nos rebanhos, se perpetuando e resultando em animais cada vez mais produtivos, atrai os produtores para a inseminação e esse processo é irreversível”, informa Cristiano Botelho, executivo da Asbia.
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O mercado foi bem abastecido com a importação de 772.831 doses de sêmen para leite, 4,31% maior que nos três primeiros meses de 2022. A coleta (mais de 556 mil doses) foi a segunda maior dos últimos cinco anos. As exportações registraram 85.756 doses, sendo o segundo melhor desempenho dos últimos anos no primeiro trimestre, atrás também apenas de 2022 (144.050 doses exportadas).
“O primeiro trimestre de 2023 foi de muita movimentação na genética, especialmente no segmento de leite. Exportamos para oito países e houve crescimento do envio de doses para quatro das cinco regiões do país. A genética bovina leiteira se consolida cada vez mais como um investimento vital para o aumento da produtividade e desenvolvimento do setor”, complementa Botelho.
Já a produção de doses de sêmen com aptidão para corte foi 32,6% menor em comparação com o mesmo período de 2022. Foram importadas 176.887 doses e exportadas cerca de 48 mil. A prestação de serviço saltou 7,5%. Cerca de 2,5 milhões de doses foram vendidas a pecuaristas em todo o país – recuo de 12,3% em comparação a 2022.
“Consideramos o cenário para a pecuária de corte equivalente ao de 2023. O uso da inseminação artificial é crescente em que pese o ciclo de baixa da atividade. Cada vez mais produtores são atraídos pela IA e a tendência é de volta de crescimento do desempenho nos próximos meses”, ressalta o executivo da Asbia.
(Com agências)