Técnicas de inoculação reduz uso de inseticidas e fungicidas nas lavouras
#sou agro| Embora pouco faladas, as técnicas de inoculação são partes fundamentais do processo de melhoramento genético para o desenvolvimento de cultivares que atendam às mais diversas demandas do agronegócio.
De acordo com Heitor Dias, coordenador de pesquisa da TMG — Tropical Melhoramento & Genética — empresa brasileira de soluções genéticas para algodão, soja e milho, o procedimento é importante para assegurar que o agricultor terá à sua disposição sementes resistentes a variados tipos de doenças, que podem ser originadas por fungos, bactérias, vírus e nematoides. “Isso reduz o uso de inseticidas e fungicidas, que são nocivos ao meio ambiente, e aumentam as chances de uma lavoura altamente produtiva”, explica.
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Segundo Dias, as técnicas de inoculação podem ser aplicadas em fases diferentes do desenvolvimento de cultivares, mas o mais comum é fazer logo após as primeiras hibridações a fim testar se as plantas que se originam dos cruzamentos apresentam resistência a algumas doenças e climas. “As plantas são levadas para as casas de vegetação, onde são expostas a patógenos comuns para cada cultura em ambientes que simulam as mais diversas condições climáticas encontradas nas lavouras, com o intuito de estimular o desenvolvimento das doenças”, diz.
O especialista comenta que o objetivo desse processo é verificar a reação de cada planta e analisar quais apresentam maior resistência em cada um dos testes. “A partir disso, é possível identificar os genes que contribuem para tornar a planta mais resistente a alguma doença e/ou condição climática e aprofundar os estudos até chegarmos a cultivar desejada para as diversas regiões do Brasil”, afirma.
(Com agências)