Foto: Alexander Kubrakov
AGRONEGÓCIO

Rússia ameaça não prolongar acordo sobre exportação de cereais

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Tatiane Bertolino
Tatiane Bertolino

A Rússia admitiu, nesta quirta-feira (13), não prolongar o acordo sobre cereais que permite exportar alimentos por meio do Mar Negro. Isso caso não se verifiquem progressos no cumprimento de compromissos no quadro do memorando entre Moscou e a Organização das Nações Unidas (ONU).

“Sem progressos na solução de cinco problemas sistêmicos, não se pode falar em estender a Iniciativa do Mar Negro (acordo sobre cereais) depois de 18 de maio”, indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo em comunicado.

Moscou pede que o banco Rosselkhzbank seja reintegrado ao sistema de comunicações financeiras SWIFT e que sejam retomadas as permissões para o acesso a máquinas agrícolas, assim como as autorizações para serviços de manutenção relacionados com o equipamento.

A Rússia pede ainda o fim das restrições no acesso aos portos marítimos e o restabelecimento da conduta de amônio entre Tolyatti (Rússia) e Odessa, paralisado desde 2022, além do fim do bloqueio das contas bancárias das empresas russas ligadas à produção e ao transporte de alimentos e fertilizantes.

Paralelamente ao acordo sobre cereais, as Nações Unidas estabeleceram memorando para facilitar as exportações russas de alimentos e fertilizantes.

A Iniciativa do Mar Negro para a circulação de cereais foi assinada em julho do ano passado entre a Ucrânia e a Rússia, sob a intervenção diplomática da Turquia.

O acordo estabeleceu prazo de 120 dias, renovável pelo mesmo período sob a concordância das partes.

No dia 18 de março passado, a Rússia prolongou a vigência do tratado apenas por 60 dias porque, segundo Moscou, só foi cumprida “metade do acordo”.

Com Agência Brasil

(Tatiane Bertolino/Sou Agro)