A família iniciou a produção do cacau em Rondônia e com o conhecimento sobre a cultura manteve o cultivo quando se mudou para o estado vizinho. “Estamos plantando desde 2007 e como a gente já mexia com o cacau em outro estado, resolvemos fazer uma roça aqui para sobreviver”, afirmou Sr. Antônio, de 71 anos.
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O início do plantio em Colniza foi apoiado pelo cultivo de outra fruta: a banana. “Plantei o cacau em consórcio com a banana para que ela conseguisse cobrir o tempo de espera até conseguir uma boa produção de cacau”. Hoje, a família segue apenas com a cacauicultura e destaca que a cultura traz muitas vantagens. “Além de dar dinheiro, ele precisa de sombra e como a região é muito quente, a sombra da lavoura contribui para trabalhar”, afirmou Antônio.
Após seis meses de atendimento da ATeG do Senar-MT, a expectativa é melhorar ainda mais. “Já acendeu uma luz no fim do túnel, estamos aprendendo bastante coisa com o Senar-MT e agora esperamos incentivos dos órgãos competentes para conseguirmos comercializar melhor”, destacou Rodrigo.
O sonho de Sr. Antônio é realizar o beneficiamento do grão e abrir uma agroindústria para produzir o pó e a pasta do cacau. “Ele é vendido a um preço baixo e lá na frente dobra de valor, por isso, nossa meta é que ele saia daqui já como subproduto”.
Para o engenheiro agrônomo e técnico de campo credenciado ao Senar-MT, Marcos Vinícius, a logística é um dos grandes gargalos dos produtores. “Quando conseguimos encontrar um bom ponto de escoamento é animador, porque conseguimos produzir uma quantidade definida e com a certeza da comercialização”.
Assistência Técnica – Atualmente, o Senar-MT apoia 32 cacauicultores no estado, por meio da ATeG. Segundo o supervisor Thiago Salapata por ser uma cadeia que não é comum em nosso estado exige um aporte de conhecimento maior. “A cultura demora muitos anos para iniciar a sua produção e erros que possam ser cometidos podem impactar diretamente nos resultados”, destaca o profissional.
Segundo ele, apesar de ser incomum, a cacauicultura em Mato Grosso tem potencial para crescer, com apoio da assistência. “O produtor se sente mais seguro em investir na cultura, porque as orientações técnicas possibilitam a realização de ações mais assertivas, reduzindo riscos ao seu investimento”, destaca.