Foto: reprodução internet
PECUÁRIA

Aumento dos casos de raiva deixa autoridades em alerta no RS

Foto: reprodução internet
Débora Damasceno
Débora Damasceno

#souagro| Equipes dos Núcleos de Controle de Raiva Herbívora da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) estão em alerta na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul em função dos casos de raiva herbívora em animais.

“Nós recebemos o alerta de um caso no município argentino de General Alvear, que fica do lado de São Borja, e por isso emitimos o alerta para este município e alguns outros da Fronteira Oeste”, afirma o analista ambiental e biólogo André Witt, do Programa de Controle de Raiva Herbívora.

 

André está em São Borja desde o início da semana, junto com uma equipe formada por um veterinário e um auxiliar, fazendo a varredura em abrigos já cadastrados da região. “Nós também fazemos a busca em novos abrigos, normalmente instalados em casas abandonadas, poços, ocos de árvores, furnas, na busca de possíveis focos do morcego”, diz Witt. E caso haja alguma denúncia ou registro de mordedura, a equipe também é acionada para avaliação.

O alerta sanitário emitido pela Secretaria da Agricultura em 29/03 deste ano abrangeu os municípios de Maçambará, São Borja, Itacurubi e Itaqui, principalmente nas propriedades próximas aos rios Itu e Ibicuí.

Os focos do morcego podem ser encontrados em furnas e bueiros, entre outros
Os focos do morcego hematófago podem ser encontrados em furnas e bueiros, entre outros – Foto: Divulgação/Seapi

“A recomendação é  vacinar e revacinar os animais suscetíveis, bem como localizar e identificar os refúgios com aviso imediato às Inspetorias e Escritórios de Defesa Sanitária da Seapi”, declara Wilson Hoffmeister, coordenador do Programa de Controle de Raiva Herbívora.

Neste ano de 2023, o Rio Grande do Sul registrou 17 focos de raiva herbívora em 12 municípios. Todos em bovinos.  A principal forma de transmissão se dá pela mordedura do morcego hematófago Desmodus rotundus.

Municípios com registro de focos em 2023: Cachoeira do Sul, Dom Feliciano, Gravataí, Itaqui, Itati, Jaguari, Jari, Lavras do Sul, Parobé, Pedras Altas, Santiago e São Miguel das Missões.

O Rio Grande do Sul contabilizou 109 casos de raiva herbívora em 2022, com distribuição em 37 municípios do Estado.

Equipes do Programa de Controle de Raiva Herbívora da Seapi vistoriam túneis em busca de focos do morcego hematófago.
Equipes do Programa de Controle de Raiva Herbívora da Seapi vistoriam pontes e túneis em busca de focos do morcego hematófago. – Foto: Divulgação/Seapi

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A doença

raiva é causada por um vírus cuja variante está associada ao morcego hematófago da espécie Desmodus rotundus, que é o principal reservatório e transmissor para os herbívoros domésticos, como bovinos, equinos, caprinos e ovinos. O animal suspeito de raiva apresenta alteração do comportamento, salivação abundante e dificuldade de locomoção. Os sintomas progridem e podem provocar a paralisia e morte.

 

(Com Secretaria de Agricultura do RS)

 

(Débora Damasceno/Sou Agro)