Vaca Louca: entidades pedem mudança de protocolo para que mercado da pecuária não fique prejudicado
Entidades pedem mudança de protocolo sobre doenças como vaca louca para que o mercado da pecuária brasileira não fique prejudicado. Nós entrevistamos o presidente da Sociedade Rural Brasileira durante o lançamento da Expozebu 2023, a maior exposição de pecuária no Brasil, em que nossa equipe está presente.
Isso porque depois do caso atípico registrado na região Norte do Brasil, imediatamente as exportações de todo o País foram canceladas. O que é considerado ruim para o mercado.
“Foi um caso atípico que causou muito transtorno e por isso vemos a necessidade de fazer uma reformulação no protocolo. Isso precisa ser revisto por que isso ocorreu no Norte do País e imediatamente todas as exportações de carne bovina foram bloqueadas, prejudicando o mercado. Isso não foi nada benéfico para o produtor brasileiro”, afirmou o presidente da Sociedade Rural Brasileira, Sérgio Botolozzo.
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Para Sérgio, a ação do governo foi rápida, mas daqui para frente há necessidade de ajuste de mercado para que as exportações retornem o mais rápido possível. “Precisamos que o protocolo seja alterado”, reforçou.
O presidente da ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu) Gabriel Garcia também acredita que o protocolo precisa ser revisto. “Não podemos deixar que situações tão pontuais afetem o país todo. Precisamos ser mais ágeis sem afetar a qualidade da pecuária brasileira e ter essa inteligência sanitária para que nada atinja o comércio”.
Confira a reportagem completa de Sirlei Benetti AQUI.
Sobre o caso de vaca louca no país
Um exame confirmou que o caso de vaca louca identificado no município de Marabá, no Pará, é atípico tipo H. A informação foi divulgada pelo Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária).
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, comunicou imediatamente o resultado da amostra ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, imediatamente, iniciou a inserção das referidas informações no sistema para a comunicação oficial à OMSA e às autoridades chinesas.
Por se tratar de caso atípico, ou seja, ocorrido por causas naturais em um único animal de 9 anos de idade e com todas as providências sanitárias adotadas prontamente, o Ministério da Agricultura e Pecuária está adotando imediatamente as providências, de acordo com os protocolos sanitários, para que as exportações da carne bovina brasileira sejam restabelecidas o mais breve possível.
Sobre o caso
O caso da doença foi confirmado no fim de fevereiro e nós mostramos todos os detalhes aqui no Portal Sou Agro.
Diante desta confirmação em um animal macho de 9 anos em uma pequena propriedade no município de Marabá, no Pará, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) adotou todas as providências governamentais para o mercado de carnes brasileiras.
Foi feito o comunicado à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e as amostras foram enviadas logo na sequência para o laboratório referência da instituição em Alberta, no Canadá, que confirmou que o caso é atípico.
O animal, criado em pasto, sem ração, foi abatido e sua carcaça incinerada no local.