AGRICULTURA
Nova cultivar de amendoim forrageiro será apresentada durante feira em MS
#sou agro| Acontece entre os dias 27 e 31 de março, uma feira na Vitrine Tecnológica da Embrapa Gado de Corte, em Campo Grande (MS), local de cultivo do amendoim forrageiro.
Os participantes na Dinapec 2023 terão a oportunidade de conhecer uma nova cultivar de amendoim forrageiro desenvolvida pela Embrapa Acre , a BRS Oquira. Rica em proteína e com alta produção de forragem, a tecnologia é alternativa para intensificar a produção de carne e leite e viabilizar uma pecuária a pasto mais sustentável nos biomas Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado.
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Fruto de uma pesquisa de 15 anos, a BRS Oquira é resultado de avaliação e seleção de materiais genéticos, testados nas condições de clima e solo dos três biomas. Rica em proteína e com alta produção de forragem, a tecnologia é alternativa para intensificar a produção de carne e leite e viabilizar uma pecuária a pasto mais sustentável.
Os estudos admiraram que, em cultivos adubados e irrigados, o teor de proteína bruta na planta chega a 29%, valor que garante alimento de qualidade para o rebanho e melhora a produtividade animal.
De acordo com a pesquisadora da Embrapa Acre e coordenadora do Programa de Melhoramento Genético do Amendoim Forrageiro, Giselle de Assis , diferente de outras leguminosas que concentram a proteína nas folhas, o amendoim forrageiro possui teor proteico elevado também nos talos, característica que possibilita uma forragem de alta qualidade.
Em experimentos sem adubação e irrigação, a cultivar BRS Oquira apresenta 22% de proteína bruta, teor de fibra em torno de 43% e 68% de digestibilidade de matéria seca (forragem).
A nova cultivar confere perenidade a pastos consorciados, mesmo associada com gramíneas de maior porte em condições de sombreamento. Além disso, por ser uma espécie estolonífera (possui caule com diversos pontos de enraizamento), consegue se multiplicar rapidamente na pastagem e cobrir totalmente o solo, aspecto que evita processos erosivos e permite persistência quanto ao pastejo e pisoteio do gado.
Os resultados das pesquisas encontraram, ainda, que é tolerante a solos encharcados. Essa característica possibilita o consórcio com gramíneas adaptadas a essa condição, em áreas esperadas pela síndrome da morte do braquiarão, doença associada ao encharcamento do solo e ataques de fungos, considerada o principal fator de destruição de pastagens na Amazônia.
(Com EMBRAPA)