POLÍTICA
Deputados querem CPI do MST: “não somos contra a reforma agrária, somos contra a invasão de terras”
Deputados da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) querem uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do MST (Movimento dos Sem Terra). O assunto avançou no Congresso e eles vão adotar uma série de medidas legislativas para enfrentar as invasões de terras produtivas praticadas pelo Movimento dos Sem Terra (MST). U
Uma delas será unificar os esforços pela criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST na Câmara dos Deputados. Três parlamentares estavam recolhendo assinaturas para os seus pedidos sobre o tema – Tenente-coronel Zucco (Republicanos-RS), Ricardo Salles (PL-SP) e Kim Kataguiri (União-SP) – e agora a estratégia adotada será concentrar a busca de apoios em relação ao requerimento de Zucco.
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A bancada ruralista se reuniu nesta terça-feira (14) para discutir o apoio à CPI.
“Não somos contra a reforma agrária, somos contra a invasão de terras”, afirmou a senadora Tereza Cristina, que prestou apoio aos parlamentares.
Invasões
O Portal Sou Agro vem acompanhando essas invasões de terra. Nesta semana, ocorreu uma nova invasão no município de Macajuba, região da Chapada Diamantina, foi divulgada pelo próprio movimento, nas redes sociais.
Um grupo de aproximadamente 170 famílias invadiu a fazenda na madrugada de domingo (12). O local tem 1.400 hectares e, de acordo com o grupo, estaria abandonada há décadas.
A propriedade em questão pertence a herdeiros. O terreno invadido estaria, dessa forma, em processo de divisão. Os moradores e produtores da região estiveram na propriedade com o objetivo de expulsar os integrantes do movimento.
Na mesma publicação em que anuncia a invasão de uma fazenda em Macajuba, o MST ameaçou invadir outras propriedades na mesma região ao decorrer deste mês. Dirigente do MST na Chapada Diamantina, Simone Souza afirma que esses atos farão parte do que o grupo está chamando de “Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra”.
No início de março, integrantes do movimento invadiram quatro fazendas pertencentes à empresa Suzano Papel e Celulose. Os terrenos foram desocupados após o governo, por meio do ministro Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), anunciar a criação de “mesa de negociação”.
Com Agências