AGRONEGÓCIO

Demanda por novos equipamentos eleva investimentos em tratores e colheitadeiras

Emanuely
Emanuely

#sou agro| Os investimentos em máquinas agrícolas fecharam 2022 em elevação no cenário nacional. É o que apontam os dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), que identificou que as vendas de tratores e colheitadeiras de grãos registraram aumento de 20% no período.

Para 2023, nos setores sucroenergético e de grãos, os cenários também indicam crescimento, mas em contextos um pouco diferentes. Se, no primeiro, a expectativa é de elevação depois de um ano mais retraído e atingindo pela inflação, no segundo, o momento é de plena expansão com os produtores e as indústrias buscando novos equipamentos.

Boa parte desta perspectiva de mais vendas nos dois setores está no crescimento da safra e nas janelas entre o plantio e a colheita. Só na produção de cana-de-açúcar, a expectativa é de 10% de crescimento, gerando uma produção de mais de 50 milhões de toneladas. Com esse cenário de elevação, a procura de produtores e indústrias por ganhos tecnológicos mais econômicos em substituição às máquinas mais antigas tende a ser maior.

“Os produtores estão com a frota mais antiga, em menor quantidade, para uma safra que vai vir muito grande. Acredito que, no setor sucroenergético, haverá um crescimento rápido durante a safra, com esses produtores buscando por tecnologias”, explica o especialista em cana-de-açúcar e CEO da Grunner, Denis Arroyo.

Fazendo uma comparação com os resultados da produção de cana e de soja em um mesmo hectare, Arroyo destaca que, no setor de grãos, o trabalho mecanizado é necessário por conta da rapidez do mercado, enquanto que na produção de cana, por conta das altas margens de pressões na atividade, a opção de pelo uso de tecnologias é mais recente.

“Quando se olha para o mercado de grãos, as janelas entre o plantio e a colheita são muito mais apertadas e não dá para perder tempo. Por isso, o produtor investe mais em frotas. Na cana, é mais difícil de se fazer isso, porque uma companhia agrícola compete por recursos financeiros com a indústria, ocasionando um maior aproveitamento dessas máquinas para a produção e colheita da cana. A competição por investimentos em equipamentos é completamente diferente”, analisa o CEO da Grunner.

(Com assessoria)

 

(Emanuely/Sou Agro)