AGRICULTURA
Novas cultivares de soja são apresentadas em Dia de Campo
#sou agro| Novas cultivares de soja foram apresentadas pela Embrapa Cerrados em Dia de Campo realizado no Distrito Federal.
Promovido pela Cooperativa da Região do Distrito Federal (Coopa-DF), o evento reuniu cerca de 530 produtores, técnicos e estudantes, que conheceram 68 cultivares de 16 empresas plantadas em uma área de 15 ha, além de produtos como insumos biológicos, fertilizantes foliares e adubos.
De acordo com o chefe geral da Embrapa Cerrados, Sebastião Pedro, “A competição de cultivares da Agrobrasília é uma oportunidade de levarmos o trabalho da Embrapa em genética de soja para a visão dos agricultores da região, que conhecemos nossos materiais pela primeira vez e compará-los com outras variedades disponíveis no mercado. Aqui estão os melhores obtentores de soja do Brasil e que atendem ao Bioma Cerrado”.
Sebastião Pedro lembrou que o Brasil expandiu a área de cultivo de soja em 2023, e a expectativa é de safra recorde, apesar da seca no Rio Grande do Sul. Ele estima que a região central do Brasil deve ter uma safra recorde de soja não apenas em volume, mas também em produtividade.
Diferentes opções para o produtor
As diferenças das três cultivares da Embrapa foram apresentadas por André Ferreira, pesquisador da Embrapa Cerrados e coordenador do programa de melhoramento genético de soja da Embrapa para o Centro-Norte do Brasil. As variedades foram desenvolvidas em parceria com a Fundação Cerrados e a Fundação Bahia.
Presente com Ferreira nas apresentações, o diretor técnico da Fundação Cerrados, Ilson Alves, explicou que a entidade é composta por diversas empresas sementeiras, algumas delas sediadas no DF e em municípios vizinhos, que ajudam a financiar as pesquisas: “São produtores de sementes de soja licenciados para produzir e comercializar as cultivares de desenvolvimento no convênio com a Embrapa”.
Ferreira lembrou que os cruzamentos de plantas são realizados pela Embrapa a partir dos problemas apontados pelos produtores e considerando possíveis mudanças de cenário, vislumbrando o lançamento de cultivares em sete a 10 anos. “A parceria com as fundações e os produtores é uma via de mão dupla, e isso é fundamental. Estamos juntos de vocês para planejar materiais que vão produzir produtividade e sustentabilidade ao produtor. É um melhoramento participativo”, afirmou.
(Com Embrapa)