Foto: Envato/ Sou Agro
AGRICULTURA

Menor oferta deve manter preços da mandioca nas alturas

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Débora Damasceno
Débora Damasceno

#souagro| Em 2022 os preços da mandioca chegaram nas alturas e 2023 não deve ser diferente. Aqui no Sou Agro a gente vem acompanhando essa movimentação há meses, em outubro do ano passado por exemplo, já havíamos dito que o valor era 80% maior que em 2021, por conta da menor oferta de produto.

Neste ano,  a disponibilidade de mandioca no Brasil deve ficar abaixo das expectativas dos agentes do mercado. Os custos elevados e a menor rentabilidade da cultura perante outras atividades concorrentes em área limitaram o avanço do plantio.

Para agravar, no segundo semestre de 2022, o clima adverso prejudicou o desenvolvimento das lavouras, o que pode reduzir a produtividade. Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a área plantada com mandioca no Brasil deve recuar 0,3% e a produção deve totalizar 18,4 milhões de toneladas, com pequeno aumento de 0,9% frente ao ano anterior.

Com limitada oferta de matéria-prima, parece haver pouco espaço para quedas expressivas nos preços de comercialização da raiz de mandioca. A baixa disponibilidade de matéria-prima também deve limitar a produção de fécula e derivados em 2023. Assim, é de se esperar que a disponibilidade destes derivados atenda especialmente à demanda doméstica, sem muitas possibilidades de aberturas de novos mercados internacionais

 

EXPORTAÇÃO 

Nos últimos dados divulgados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Mato Grosso do Sul, que era o principal exportador de fécula foi para a segunda posição, cedendo lugar para o estado de São Paulo, que sozinho forneceu mais de 62% do volume exportado durante o mês de novembro. Em seguida ficou o Paraná com 12% e Santa Catarina com 2,7%, ficando o restante pulverizado entre outros quatro estados (Minas Gerais, Amazonas, Rio Grande do Sul e Bahia).

(Com Cepea)

(Débora Damasceno/Sou Agro)