Foto: Emater/RS

Lavouras de soja apresentam condições diferentes em cada região do RS

Débora Damasceno
Débora Damasceno
Foto: Emater/RS

#souagro| A cultura da soja ainda está em fase de plantio no Rio Grande do Sul, a evolução da semeadura, que aconteceu em pequenas áreas onde ainda havia umidade das chuvas mais volumosas, não alterou a proporção estadual, mantida em 96% plantados. A área projetada para a safra 2022/2023 é de 6.568.607 hectares. A produtividade estimada é de 3.131 kg/ha, segundo o Informativo Conjuntural produzido e divulgado pela Emater/RS-Ascar,

Cerca de 80% das lavouras se encontram em desenvolvimento vegetativo, que ocorre de maneira irregular e desuniforme pela variação dos teores de umidade nos solos. Onde o déficit hídrico é mais grave, as lavouras apresentam menor porte, encurtamento dos entrenós, amarelecimento dos primeiros trifólios e até morte de plantas, principalmente nas bordas das lavouras e em topografia de solos rasos.

 

Em lavouras em que ocorreram precipitações, onde há maior volume de palha residual de culturas anteriores, localizadas em solos profundos ou em várzeas, o dossel das plantas encobre as entrelinhas, e o estado geral das lavouras é mais próximo da normalidade.

As lavouras em floração alcançam 19%, com aumento da emissão dos botões florais, tornando-as mais sensíveis ao estresse hídrico. A reposição de umidade é urgente para não ocorrer o abortamento floral. As perdas de produtividade já são apontadas e são distintas entre as regiões, dependendo da distribuição e dos volumes irregulares das chuvas. Avalia-se uma redução na produtividade nas regiões administrativas da Emater/RS-Ascar de Bagé, Ijuí, Pelotas e Santa Maria.

Nas outras regiões administrativas os danos não são significativos até o momento. No entanto, há necessidade de cautela com essas estimativas, pois podem ser revertidas, dependendo da capacidade de recuperação da cultura, ou ainda aumentar, caso se prolongue o período seco.

A principal prática de manejo consiste no controle de ervas daninhas de modo a evitar a competição por água e nutrientes. O monitoramento de pragas é voltado principalmente para ácaros, insetos beneficiados por condições de clima seco e quente. É crescente o número de produtores que estão adotando a pulverização com drones, seja adquirindo o equipamento, seja contratando as empresas que prestam o serviço.

Como as pulverizações são realizadas com baixo volume de calda por hectare, recomenda-se atenção para as condições de temperatura e umidade relativa para evitar perdas das gotas por evaporação. O mesmo cuidado deve ser tomado para as aplicações com baixo volume.

(Com Emater/RS)

 

 

(Débora Damasceno/Sou Agro)

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