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AGRICULTURA

Estudo avalia sistemas produtivos para manejo de plantas daninhas

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Débora Damasceno
Débora Damasceno

#souagro| Pesquisadores da Bayer e da Embrapa estão avaliando sistemas produtivos como estratégias de resiliência para o manejo de plantas daninhas resistentes aos herbicidas. As atividades estão sendo desenvolvidas em diferentes regiões brasileiras, em lavouras de milho, trigo, soja, algodão e em pastagens, desde 2017. Os dados coletados foram reunidos em uma plataforma que traz dados espaciais sobre a ocorrência de plantas daninhas. Um dos objetivos do trabalho é divulgar e fortalecer o conceito da resistência e dos seus diferentes tipos, para que o produtor entenda como é importante fazer um manejo mais adequado desse problema.

Além de gerar informações sobre a presença de plantas daninhas em lavouras de diferentes estados do Brasil, o projeto buscou caracterizar os sistemas de produção que contribuem para o manejo de plantas daninhas. A ideia é mostrar para o produtor que, se o investimento em insumos for feito da forma correta, valerá a pena e não causará prejuízos na rentabilidade da lavoura.

 

O trabalho foi estruturado em ações específicas. A primeira foi o levantamento das espécies existentes e a caracterização da resposta de herbicidas nas populações das plantas daninhas, para detectar a resistência ou não. Em seguida, foram montados experimentos para o desenvolvimento de estratégias de manejo e de prevenção da resistência.

 

plantasLevantamento da presença da resistência a herbicidas

O primeiro passo foi coletar e selecionar as sementes de plantas daninhas que sobreviveram à aplicação de herbicidas. “As sementes foram levadas para reprodução nas Unidades da Embrapa e, em seguida, colocadas para germinar e emergir. Com as plantas dessas sementes germinadas, foram realizadas triagens com diferentes herbicidas para identificação da resistência ou da suscetibilidade”, relata o pesquisador Décio Karam, da Embrapa Milho e Sorgo, líder do projeto.

Para aferir a resistência, os pesquisadores seguiram uma metodologia internacional. “Porque pode haver um nível alto ou baixo de resistência ao herbicida. Para o nível mais alto, a dose para causar o efeito é maior. Após determinada dose de resposta, definimos o fator de resistência”, explica o pesquisador.

“Com esses dados do screening e da coleta, nós desenvolvemos os mapas de presença da resistência ou da suscetibilidade das espécies por região no Brasil. Então, o sistema de manejo pôde ser diferenciado em cada município, em função da presença ou não da resistência”, conta Karam.

Os pesquisadores estão também monitorando as novas espécies que têm sido questionadas sobre resistência, que são o capim-pé-de-galinha e o caruru, além das que já eram estudadas. Foram testados 15 herbicidas em 2.050 amostras, em 6.232 triagens.

(Com Embrapa)

(Débora Damasceno/Sou Agro)