SEGURANÇA
Crimes ambientais estão na mira de investigação no Paraná
#souagro| O Instituto Água e Terra (IAT), analisa duas denúncias registradas na última semana em Paranaguá, no Litoral do Paraná. Uma delas é sobre o despejo de produto químico em direção à Baía de Paranaguá, no bairro Rocio, e a outra ao aparecimento de peixes mortos no Rio Emboguaçu, no bairro Beira Rio.
As duas denúncia estão sendo analisadas pelo órgão ambiental, incluindo documentação apresentada pelas empresas que atuam na região e dos materiais coletados, tanto da água quanto dos peixes. Até que os laudos sejam conclusivos não é possível definir culpados pelo despejo de produtos químicos, e nem associar a mortandade de peixes ao vazamento dos produtos no Paraná.
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A presença de substância química chegou ao IAT por meio de denúncia formal e a vistoria técnica identificou um odor alcoólico forte. A ocorrência foi registrada pelo Corpo de Bombeiros, que fez o teste de atmosfera explosiva com aparelho e apontou que a área não apresentava riscos.
O local exato do ocorrido é no ponto de saída da drenagem pluvial, ao lado da estação elevatória de esgoto Rocio II. Outro fator importante é a temperatura máxima da data da ocorrência, de 33ºC, o que garante alta volatilidade a substâncias dessa natureza, como metanol e etanol.
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Todas as seis empresas que atuam na região foram notificadas pelo IAT do Paraná a entregarem laudos de constatação a respeito de seus sistemas, elaborados por profissional habilitado e apresentando a respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). O objetivo é verificar possíveis não conformidades e qualquer comportamento inadequado.
A documentação enviada pelas empresas está em análise e foram solicitadas mais informações. O IAT não descarta outras possibilidades de origem do produto.
O aparecimento de peixes mortos no Rio Emboguaçu chegou ao conhecimento do IAT de maneira informal e imediatamente foi deslocada uma equipe para verificar uma possível ligação com o lançamento de efluentes.
Foi feito um levantamento de vários pontos na Baía de Paranaguá, desde o local onde foi detectado o odor de álcool até onde foram encontrados os peixes mortos, pontos 2,2 quilômetros distantes entre si. No local onde o produto foi detectado, e naqueles mais próximos a ele, não houve mortandade de peixes. Já no bairro Beira Rio, foi realizada a coleta de amostras da água e dos animais para análise em laboratório.
(Com AEN)