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AGRICULTURA

Safra do café pode ter quebra de 35% por conta das geadas e da seca no PR

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Débora Damasceno
Débora Damasceno

#souagro| O café está praticamente todo colhido no Paraná, o que se aguarda agora é o final dos trabalhos em campo para um levantamento mais completo. “É uma safra difícil de quantificar”, disse o economista Paulo Franzini, analista da cultura no Deral. Mas a estimativa é de que a quebra possa ser de 35% em relação à última safra, por conta principalmente das geadas e seca.

O clima deste ano com frio em maio, calor em junho e julho, e frio em setembro e outubro, também preocupa para a nova florada, que tem acontecido de forma espalhada.

 

“Para o próximo ano, devemos ter uma safra melhor, que recupera um pouco as perdas por geada, mas não recupera o potencial”, disse Franzini.

ESTIMATIVA DE RECEITA

Mesmo com a quebra no Paraná, a última estimativa apontou que a receita bruta total de café prevista para o ano-cafeeiro 2022 foi calculada em R$ 61,82 bilhões, tendo como referência a safra de café estimada e os preços médios recebidos pelos produtores.

A estimativa de receita foi elaborada com base nos dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola – LSPA, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, que foi realizado no mês de agosto.

 

OLERICULTURA

Também há detalhes sobre os produtos da olericultura no Paraná. Entre os com maior expressividade neste momento estão a batata, a cebola e o tomate. Os técnicos do Deral apontam que restam 2% de área da batata segunda safra 21/22 a serem colhidas, basicamente a que é produzida na região de Cornélio Procópio, no Norte do Estado. A da primeira safra 22/23 já tem 80% da área de 15,6 mil hectares plantada.

A cebola, que deve render 107,4 mil toneladas, também já foi toda plantada e a colheita está recém-iniciando. O tomate segunda safra 21/22 está praticamente com toda a área colhida. A primeira safra 22/23 alcançou 71% de plantio e já começa a ser colhido nas regiões mais quentes do Estado.

“O que se observa para as safras 22/23 dessas culturas é que os índices de produtividade já são superiores às safras anteriores, o que é indicativo de que podemos ter uma safra melhor”, avaliou o agrônomo Paulo Andrade.

(Débora Damasceno/Sou Agro  com AEN)

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