AGRICULTURA
No Paraná, produtores de tomate têm como principal desafio o preço dos fertilizantes
No Paraná, os produtores de tomate têm como principal desafio o preço dos fertilizantes. Os custos de produção nos estados do Paraná, Minas Gerais e Santa Catarina foram apresentados pela CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) nesta segunda-feira (31).
No Paraná, assim como nos demais locais pesquisados, os desembolsos do produtor com fertilizantes representam 21% da receita da propriedade. Em seguida vem os produtos fitossanitários e o pagamento dos juros da operação de custeio da lavoura, com 8,7% da receita.
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De acordo com Letícia Barony, assessora da CNA, apresentou os resultados nos painéis de custos de produção do tomate, realizados nos municípios de Reserva (PR) e Barbacena (MG), a propriedade modal possui 2 e 7 hectares de área plantada e produtividade média de 3 e 3,5 mil caixas/ha, respectivamente.
“Nessas duas regiões, observamos que o produtor não conseguiu pagar os custos com desembolsos (insumos, colheita, pós-colheita). Isso indica que a produção de tomate está sendo subsidiada por outra atividade e precisa de outras fontes de capital para a manutenção, indicando a descontinuidade da atividade no curto prazo”, explicou.
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Já em Lebon Regis (SC), a propriedade modal é de 10 hectares, com produção de 4,5 mil caixas de tomate por hectare. “Entre as regiões pesquisadas, apenas Lebon Regis apresentou margens bruta e líquida e lucratividade positivas”, disse Letícia.
Em sua apresentação, Marco Alvarenga, proprietário do Centro de Treinamento em Tomaticultura, destacou a importância do uso da tecnologia nos sistemas de produção do tomate. “As ferramentas tecnológicas têm evoluído de forma rápida e o produtor que não acompanhar esse processo corre o risco de sair do mercado”.
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Para Alvarenga, o Brasil precisa investir no cultivo de tomate em sistema protegido (estufas). “Esse tipo de produção não chega a nem 10% no país, pois o investimento é muito alto. O produtor precisa de recursos e acreditar que as tecnologias são ferramentas que contribuem para o aumento da produtividade. É um investimento a médio e longo prazo, mas que auxilia na mitigação de riscos de produção e comercialização”.
(Tatiane Bertolino/Sou Agro – com CNA)