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Esmagadores de soja interrompem operações por falta de demanda no Brasil
Esmagadores de soja interromperam operações por conta da demanda fraca no Brasil. A informação foi publicada pela Aprobio (Associação dos Produtores de Biodiesel no Brasil).
O Paraná é um dos estados com maior parte das operações, além do Mato Grosso, do Rio Grande do Sul e de Goiás. Juntos, respondem por cerca de 70% da capacidade total do país. As plantas esmagadoras transformam o grão de soja em óleo e farelo bruto. Em menor proporção, também transformam para indústrias para refino do óleo destinado à alimentação humana.
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A capacidade de processamento de soja no Brasil está estimada em 194,4 mil toneladas por dia. Tudo isso devido à queda nas margens de esmagamento e à demanda fraca, reduzindo o ritmo de moagem do país em 15.000 t/dia, disseram fontes locais à Agricensus.
As margens de esmagamento brasileiras para o resto do ano caíram em território negativo mais profundo nas últimas duas semanas, com margens calculadas para o quarto trimestre variando de US$ 56 a US$ 50t por mês, de acordo com dados da Agrinvest Commodities do Brasil.
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“As margens de esmagamento estão realmente ruins novamente”, disse Victor Martins, gerente sênior de risco da HedgePoint Global, à Agricensus.
“Mas algumas usinas continuarão operando, pois é melhor moer com margens negativas do que ter o grão como estoque, para cumprir suas entregas – principalmente para importadores”, acrescentou Martins.
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As esmagadoras costumam fazer manutenção por volta de dezembro/janeiro, antes da colheita da soja no Brasil, mas este ano as plantas estão sendo desligadas mais cedo do que o previsto.
O Brasil é o segundo maior exportador mundial de óleo de soja, atrás da Argentina, e deve exportar 2,13 milhões de toneladas de óleo de soja e 18,8 milhões de toneladas de farelo de soja em 2022/23, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
(Tatiane Bertolino/Sou Agro – com Abropio)