RAIVA
PECUÁRIA

Vacinar o rebanho é única alternativa para conter aumento dos casos de raiva

RAIVA
Débora Damasceno
Débora Damasceno

#souagro| O aumento dos casos de raiva em Cascavel, Oeste do Paraná tem gerado alerta nas autoridades sanitárias. A cidade soma 25 confirmações da doença em herbívoros, número que já ultrapassa todo ano de 2021, quando foram confirmados 17 casos. A informação é da Agência de Defesa Agropecuária, Adapar.

Por conta deste aumento de casos. a Adapar, em conjunto com o Comdersa (Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural e Sanidade Animal), realizou nesta sexta-feira (10) uma palestra sobre a Raiva dos Herbívoros na sede do Sindicato Rural Patronal de Cascavel. O encontro teve como palestrante, a Coordenadora Estadual do Programa de Raiva da Adapar, a Médica Veterinária Elzira Pierre.

“Eu estou atendendo a um convite dos colegas da região pelo fato de que nós já estamos esse ano com mais de 25 focos de raiva dos herbívoros e como a raiva é uma doença fatal, ela é considerada uma zoonose, pois ela passa dos animais para os seres humanos e não tem cura, estamos aqui para falar um pouco mais dessa enfermidade e pedir e alertar aos produtores que vacinem seus rebanhos, porque a vacina é a única maneira de combatermos essa doença”, disse Elzira.

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Vacinar o rebanho é única alternativa para conter aumento dos casos de raiva

Antônio Queiroz é médico veterinário e presidente do Comdersa, segundo ele, estes encontro são para conscientizar os produtores sobre a importância da vacinação: “É importante esse trabalho que nós estamos fazendo aqui na divulgação do treinamento e atualização dos profissionais ligados a órgãos públicos como a Adapar, IDR, os responsáveis técnicos de laticínios, responsáveis técnicos ligados ao agronegócio que são responsáveis por essa difusão junto aos produtores e seus clientes dessa importância do controle e a vacinação para evitar essa doença que é
plenamente evitada através da vacinação desses animais que são suscetíveis como bovinos, ovinos, suínos.  E a recomendação da Adapar é que todos os bovinos sejam vacinados para evitar que leve prejuízos e às vezes até problemas de saúde pública. Que possa às vezes algum produtor se contaminar com animais que estejam infectados”, detalha Antônio.

OS CASOS

Os focos do ano passado foram na Colônia Barreiros e Reassentamento São Francisco. Já as confirmações deste ano são em Rio do Salto, Assentamento Valmir Mota e São João. O último caso confirmado na regional de Cascavel foi em Diamante do Oeste, em um bovino, o que acendeu um alerta ainda maior sobre o aumento da área onde os casos estão.

Por conta disso, a Adapar está fiscalizando todas as propriedades próximas de onde o animal foi contaminado e também tem feito o encaminhamento das pessoas para o atendimento médico.

A maioria dos casos positivos foi em espécie bovina, mas também tiveram registros em cavalos e ovinos. Lembrando que todos os mamíferos podem ser contaminados, inclusive o homem.

A doença é considerada uma zoonose fatal, pois todos os animais doentes morrem e os seres humanos contaminados que não recebem tratamento precoce antes da manifestação dos sintomas, também acabam morrendo.

 

ALERTA AOS PRODUTORES

A Adapar alerta os produtores rurais sobre a importância da vacinação antirrábica nos animais, principalmente nas regiões onde houve os focos da doença, afinal a vacina é muito efetiva e a única forma de prevenção.

A atenção maior se volta principalmente aos bovinos, ovinos, caprinos e equídeos. Isso porque estes animais são os principais alvos dos morcegos hematófagos, principais transmissores do vírus.

A transmissão da doença ocorre pela saliva dos morcegos no momento em que eles atacam os animais para se alimentar do sangue dos mesmos.

A DOENÇA

raiva é causada por um vírus cuja variante está associada ao morcego hematófago da espécie Desmodus rotundus, que é o principal reservatório e transmissor para os herbívoros domésticos, como bovinos, equinos, caprinos e ovinos. O animal suspeito de raiva apresenta alteração do comportamento, salivação abundante e dificuldade de locomoção. Os sintomas progridem e podem provocar a paralisia e morte.

O diagnóstico laboratorial somente é possível após a morte do animal suspeito, por meio da coleta de uma amostra de material do sistema nervoso central, que é enviada para exame gratuito. Em caso de resultado positivo, o proprietário e o serviço de saúde são informados para as providências necessárias. Portanto, caso os produtores rurais percebam algum sintoma de raiva nos animais é importante acionar a Adapar imediatamente pelo telefone (45) 21014961, para que as medidas corretas sejam tomadas.

(Débora Damasceno/Sou Agro)

(Foto: Divulgação internet)

(Débora Damasceno/Sou Agro)