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“Sem o nosso agronegócio, parte do mundo passaria fome”, diz Bolsonaro

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Débora Damasceno
Débora Damasceno

#souagro| O presidente Jair Bolsonaro disse, durante discurso na segunda sessão plenária da 9ª Cúpula das Américas, em Los Angeles nos Estados Unidos, que parte do mundo passaria fome se não fosse o agronegócio brasileiro: “O Brasil alimenta um bilhão de pessoas, garantimos a segurança alimentar de um sexto da população mundial. Uma realidade, sem o nosso agronegócio parte do mundo passaria fome. O Brasil não apenas evitou uma crise alimentar ao garantir acesso a fertilizantes, mas também desempenhou um papel de liderança na busca de soluções internacionais em favor da segurança alimentar. Somos um dos países que mais preserva o meio ambiente e suas florestas”, disse.

“Temos a matriz energética mais limpa e diversificada do mundo, mesmo preservando  66% de nossa vegetação nativa e usando apenas 27% do nosso território para pecuária e agricultura, somos uma potência agrícola sustentável. Não necessitamos da região amazônica para expandir nosso agronegócio. Somente no bioma amazônico 84% da floresta está intacta. Abrigando a maior biodiversidade do planeta. Os nossos desafios são proporcionais ao nosso tamanho. Lembro que a área da região amazônica equivale a toda Europa Ocidental”, complementou Bolsonaro.

 

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"Sem o nosso agronegócio, parte do mundo passaria fome", diz Bolsonaro

Durante o discurso, o presidente também ressaltou que o Brasil é destaque em várias iniciativas importantes: “Nenhum país do mundo possui uma legislação ambiental tão completa e restritiva. Nosso código florestal deve servir de exemplo para outros países. Afinal, somos responsáveis pela emissão menos de 3% de carbono do planeta. Mesmo sendo a décima economia do mundo. Para a proteção das florestas, o governo federal reforçou o combate ao desmatamento e estabeleceu a operação Guardiões do Bioma Amazônia, sob a coordenação e controle do Ministério da Justiça. Com o lançamento do programa Metano Zero, fomos no primeiro país a implementar compromissos assumidos durante a COP 26,  com financiamento específico para estruturar projetos de tratamento de resíduos orgânicos de aves, suínos, laticínios, cana de açúcar e de aterro sanitários. A fim de reduzir 30% das emissões totais de metano no Brasil”, disse o presidente.

 

Bolsonaro também falou sobre a produção de energia no Brasil e que o país terá condições de ser um grande exportador de hidrogênio e amônia verdes: “Somos pioneiros na transição energética, tendo iniciado a descarbonização a quase meio século, com biocombustíveis e outras fontes. Em 2021 batemos recordes de instalação de energia eólica, 21 gigawatts. e solar 14 gigawatts. Hoje 85% da energia gerada no Brasil vem de fontes renováveis. Temos o potencial de produção excedente de energia eólica no mar na ordem de 700 gigawatts, equivalente a quatro vezes a nossa atual capacidade instalada ou 50 Itaipus. As eólicas na costa do nosso Nordeste poderão produzir hidrogênio e amônia verde para exportação. Nesse momento em que países desenvolvidos recorrem a combustíveis fósseis, o Brasil assume papel fundamental como fornecedor de energia totalmente limpa, rumo a uma nova economia neutra em emissões”, detalhou Bolsonaro.

O hidrogênio é um combustível que requer uma grande quantidade de energia para ser produzido. Caso o processo de produção desse hidrogênio não faça uso de fontes energéticas danosas ao meio ambiente, dá-se a ele o nome de “hidrogênio verde”. O Brasil pretende usar a energia obtida a partir de offshores (energia eólica gerada a partir de estruturas instaladas no mar), para a produção desse hidrogênio combustível.

 

Encontro com Biden

Bolsonaro discursou ainda sobre as conversas que teve com o presidente norte-americano, Joe Biden, em uma reunião bilateral ampliada “e em uma mais reservada” que durou 30 minutos. “A experiência de ontem com o Biden foi simplesmente fantástica. Estou realmente maravilhado e acreditando nas suas palavras e naquilo que foi tratado reservadamente entre nós”, disse.

“Senti muita sinceridade e muita vontade em resolver certos problemas que fogem de total responsabilidade de cada um de nós, mas juntos poderemos buscar alternativas para pôr um fim nesses conflitos”, disse ele sem deixar claro se o conflito em questão seria o entre Rússia e Ucrânia.

 

Ações humanitárias

Bolsonaro destacou, como ações humanitárias desenvolvidas pelo Brasil, concessão de vistos a afegãos, haitianos, ucranianos, sírios e venezuelanos. Dirigindo-se ao governo argentino, garantiu que dará continuidade ao “Acordo de Vaca Muerta”, que prevê a compra de gás e petróleo extraídos dessa região localizada no país vizinho. “Será bom para nossos países”, disse o presidente brasileiro ao complementar que continuará importando também gás produzido na Bolívia.

“Aos presidentes da Guiana e do Suriname, quero dizer que nossa ida recentemente a seus países visa colaborar na exploração de petróleo e gás em seus países. Os senhores têm algo fantástico que Deus lhes deu: reservas de petróleo e gás equivalentes a 90% das reservas brasileiras. Tenho certeza de que, juntos e com parceiros de bem, escolhidos, seus países despontarão no cenário econômico mundial.”

(Débora Damasceno/Sou Agro com Agência Brasil)

 

(Foto: Alan Santos/PR)

(Débora Damasceno/Sou Agro)