PECUÁRIA
Conheça a experiência que diminui custos na suinocultura
Tatiane Bertolino
#souagro| Uma experiência testada na suinocultura ajuda a diminuir custos de produção. Com ela, é possível tornar mais viável a suinocultura, sem aumentar os custos da atividade para a agricultura familiar.
A experiência na suinocultura é realizada em Sacramento, Minas Gerais. Trata-se de um sistema de cama sobreposta para suínos, que um produtor local implantou na propriedade.
A iniciativa contou com orientação da Emater-MG no município. É que muitos dos pequenos produtores abandonaram o negócio por conta dos custos de produção e o cenário foi analisado pelo pelos técnicos.
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O sistema colocado em prática pelo produtor foi desenvolvido pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e é considerado uma alternativa prática, simples e barata para tratar o esterco e a urina dos animais. Na operação, os desejos são absorvidos e isso evita mau cheiro, moscas e a poluição do meio ambiente, reduzindo adubo para as plantações.
“Nada mais é que uma cama, dentro de um ambiente coberto, de pé direito com medidas padrões para o sistema. Ela pode ser composta de casca de arroz, palha de café ou serragem e funciona muito bem. Desde que a cobertura seja feita de maneira adequada para evitar chuva”, explica o técnico da Emater-MG local, Alison Rodrigues.
A criação de suínos se destaca como uma das atividades de maior potencial poluidor. São grandes as dificuldades de pequenos produtores se adequarem à legislação ambiental.
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Custo
A ideia da cama sobreposta para suínos no município surgiu por meio da demanda de um produtor rural, que cria porcos como fonte complementar de renda e precisava se adequar à legislação ambiental para se manter na atividade. Se comparado ao sistema tradicional de fossa, que era a ideia inicial para a propriedade para destinar os desejos dos animais até o descarte, os custos da experiência são de 20% a 50% menores.
Isso é possível porque o sistema reduz o uso de mão de obra para o manejo diário dos animais e da cama, que pode durar até um ano pra ser trocada, enquanto a fossa precisa de ser limpa, o que encarece sua manutenção.
Com a implantação do novo sistema na produção rural, é possível disponibilizar mão de obra para outras atividades desenvolvidas na propriedade. A experiência ainda é pioneira, mas deve ser estendida para outros produtores rurais.
(Tatiane Bertolino/Sou Agro – Com Agências)
