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Cientistas fazem mapeamento para entender a gripe aviária

Tatiane Bertolino
Tatiane Bertolino

#souagro| Cientistas vão fazer mapeamento para entender melhor a gripe aviária. Os especialistas, incluindo cientistas do Instituto Roslin, trabalham em um projeto de 1,5 milhão de libras para desenvolver estratégias para combater a gripe aviária.

As descobertas, a partir dos estudos internacionais realizados, devem resultar em medidas para reduzir o risco da doença em aves e evitar a disseminação para humanos. O estudo é motivado por conta do número recorde de casos de gripe no Reino Unidos e o mais longo surto vivido por lá e em várias partes da Europa.

O consórcio é liderado pela Agência de Saúde Vegetal Animal (APHA) e financiado pelo Conselho de Pesquisa em Biotecnologia e Biociências (BBSRC) e pelo Departamento de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais (Defra).

 

Os resultados da pesquisa podem ajudar o setor avícola e a economia rural, principalmente do Reino Unido. O conhecimento coletado de combate à doença será compartilhado com parceiros internacionais.

 

Sobre a investigação

O estudo visa entender como as cepas atuais dos vírus da gripe são capazes de formar surtos maiores e mais longos; como o vírus pode penetrar nas instalações das aves e de que forma esses desafios podem ser enfrentados.

Os cientistas também vão investigar a disseminação e a infecção em diferentes populações de aves, como aves selvagens e aves de criação, e também devem analisar porque alguns animais são mais resistentes a algumas cepas do que outros animais.

Será feito um mapeamento da propagação da infecção ao longo do tempo. Isso vai servir para prever como os vírus vão evoluir e se espalhar no futuro.

 

Uma tarefa fundamental para os oito institutos de pesquisa e universidades  será identificar como a gripe se dissemina de aves selvagens para galinhas e patos das criações industriais e/ou domésticas. O vírus pode sobreviver por cerca de oito semanas a 4°C, então a matéria fecal lançada nas proximidades de um aviário pode ser infecciosa por semanas.

Embora o projeto não esteja olhando explicitamente para vacinas contra a gripe aviária, algumas de suas pesquisas sobre a evolução do vírus H5N1 podem contribuir para o desenvolvimento futuro de vacinas, questão que a Comissão Europeia está em análise.

(Tatiane Bertolino/Sou Agro – Com Agências)

 

 

(Tatiane Bertolino/Sou Agro)