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Fertilizantes continuam sendo grande preocupação do agronegócio

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Débora Damasceno
Débora Damasceno

#souagro| Nos últimos meses, os fertilizantes estão no ponto alto de discussões do agronegócio. Depois da pandemia, a guerra entre Rússia e Ucrânia deixou um cenário de incertezas e muita preocupação com a cadeia produtiva brasileira. Por conta disso, o tema virou debate em diversas reuniões e encontros, e ainda está em discussão.

Exemplo disso é que o diretor-técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Bruno Lucchi, participou, do e-Mineração do Brasil 2022, evento promovido pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) para discutir temas de interesse do setor.

Lucchi falou sobre a evolução do setor agropecuário e destacou a importância dos insumos, em especial os fertilizantes, um dos principais itens da produção agrícola. Segundo ele, em uma lavoura de soja e milho, por exemplo, o produto representa em torno de 20 a 40% dos custos de produção.

 

Contudo, Bruno Lucchi ressaltou que esses insumos já se encontravam caros no ano passado, em função dos problemas ocasionados com a pandemia de Covid-19 e foram agravados com a guerra entre Rússia e Ucrânia. Produtos como o Cloreto de Potássio (KCL) apresentam alta de mais de 250% nesse momento, o que eleva significativamente os custos de produção dos agricultores.

Desta forma, o diretor técnico da CNA ressaltou que o setor agropecuário já vinha discutindo estratégias estruturantes para ampliar a participação da indústria doméstica no mercado nacional desde o ano passado.

“No momento temos o problema da importação que ficou difícil devido à guerra e isso terá um impacto maior nos preços globais dos alimentos. No entanto, não podemos perder a oportunidade de unirmos forças no sentido de criarmos uma agenda estruturante para o setor e assim reduzirmos a dependência do Brasil dos produtos importados”.

 

Lucchi acredita que o processo de redução da dependência dos fertilizantes importados acontecerá no médio e no longo prazo. Devido a isso, o produtor precisa otimizar o uso desse produto na propriedade rural por meio da assistência técnica e de ajustes no seu pacote tecnológico.

Ele observou ainda o avanço das pesquisas, além da agricultura de precisão e das políticas públicas do Ministério da Agricultura voltadas à questão.

“Acredito que nós temos no campo tecnológico um ambiente muito propício para o desenvolvimento de novos produtos que vão dar mais eficiência à utilização desses insumos no solo. Foi devido à ciência que conseguimos um agronegócio competitivo. Então, ela ainda será o nosso principal balizador para buscarmos um resultado mais efetivo na utilização desses produtos”.

(Débora Damasceno/Sou Agro com CNA)

(Foto: reprodução internet)

(Débora Damasceno/Sou Agro)