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Oeste do Paraná já é apontado como modelo em biotecnologia

Vandre Dubiela
Vandre Dubiela
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#souagro | Em tempos de escassez de fertilizantes, a biotecnologia surge como alternativa para fazer frente à dependência que temos de outros países. E o oeste do Paraná já é apontado como referência no avanço dessa tecnologia.

Para entender melhor sobre esse conceito inovador, a SRO (Sociedade Rural do Oeste do Paraná) abriu espaço em sua reunião quinzenal na segunda-feira (18) para a apresentação da Origem Biotecnologia, de Moreira Sales, no Paraná. O tema contou com a participação do diretor da Origem, Flávio Abelaira Villela, do diretor e técnico de campo, Rodrigo Lopes Ferreira e da engenheira agrônoma e profissional da área de pesquisa da empresa, Olívia Costa Brito.

 

Profissionais da Origem Biotecnologia na Sociedade Rural do Oeste do Paraná

 

Para o presidente da Sociedade Rural do Oeste do Paraná, Devair Bortolato, o Peninha, a SRO tem dado oportunidade para empresas e parceiros mostrarem o seu trabalho durante as reuniões e a apresentação de novas tecnologias para melhoria do desempenho no campo sempre são bem-vindas, como no caso, a biotecnologia.

 

 

A história da Origem começa a ser construída já em 1960, com a fundação da Fazenda Moreira Sales e do município de Moreira Sales. Em 1999, seus proprietários passaram a adotar uma visão de expansão e busca constante pela tecnologia, com a introdução da IATF (Inseminação Artificial por Tempo Fixo). Em 2007, passou a aplicar a integração lavoura-pecuária e já em 2010, entrou no mercado de carnes nobres. Em 2014, intensificou os investimentos na agricultura, na pastagem, cana-de-açúcar, soja, milho e mandioca.

Em 2020, surge a Origem Biotecnologia. A biofábrica implantada na fazenda começou a atrair o interesse de outros produtores, curiosos com a nova tecnologia. O processo Origem consiste na união de tecnologias testadas e orientadas ao conceito de sustentabilidade econômica, ambiental e social. Este formato de manejo busca o equilíbrio da vida no ambiente onde a cultura está instalada, introduzindo, incentivando e alimentando os microrganismos e insetos benéficos ao desenvolvimento da planta e controlando o que comprometem a rentabilidade.

O diretor da Origem Biotecnologia, Flávio Abelaira Villela, considera o oeste do Paraná uma região bastante evoluída na questão dos bioinsumos. “Como é um processo em alta, a Origem vem realizando os processos biológicos há cinco anos. Realizamos uma agricultura de processo e não de produto, proporcionando a biodiversidade e o equilíbrio que temos nas matas das propriedades e associando com a lavoura, com a finalidade de obter um melhor desempenho com menor custo possível, melhorando a rentabilidade”. Villela conta que se trata de mais uma ferramenta de manejo do produtor. “Não descartamos o uso de produto químico. A ideia, sim, é ter mais racionalidade no uso”.

O diretor e técnico de campo da Origem, Rodrigo Lopes Ferreira, disse na ocasião que a empresa auxilia o produtor durante toda a safra visando melhor efetividade do manejo on farm. “Dentro deste processo, oferecemos os biorreatores em comodato, para que o produtor possa ter acesso à tecnologia sem aportes financeiros.

A engenheira agrônoma Olivia Costa Brito, o bioinsumo não atinge somente a praga, acaba gerando outros benefícios, ou seja, é sempre um ganho duplo. “Utilizando os microrganismos para combater doenças ou pragas, deixamos de eliminar também os agentes benéficos, como insetos e fungos, contribuindo para o solo e estimulando a ação de outros fungos que vão auxiliar na retenção de água e na mineralização dos nutrientes disponíveis para as plantas”.

Logo após a explanação da Origem Biotecnologia, os associados da SRO e convidados participaram de um jantar.

(Comunicação SRO)

(Vandre Dubiela/Sou Agro)

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