AGRICULTURA
Preços da soja e do milho estão baixando, qual o motivo?
#souagro| Em plena crise causada pela guerra entre Rússia e Ucrânia, atrelada a diminuição de oferta de produtos no agronegócio, uma notícia que intriga: Os preços da soja e do milho estão baixando, com isso, o produtor questiona: Como é possível?
Nós fomos em busca de respostas para o produtor e o analista de mercado Modesto Daga explica o motivo dessa oscilação nos preços.
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“Na verdade o que está acontecendo com relação aos preços dos produtos em queda é uma questão natural. Por que isso? Porque normalmente os especuladores na bolsa de Chicago eles elevam a lucratividade tanto no preço da compra quanto na hora da venda. Então o que que está acontecendo? Estão realizando lucros. Na verdade não tem fundamento nenhum o que está acontecendo em termos de preço nem de soja nem do milho a não ser o dólar que está caindo um pouco no mercado interno”, explica Modesto.
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A QUEDA NOS PREÇOS
Trazendo um exemplo em valores, vamos ao comparativos de preços de uma semana em algumas cidades do Paraná. Para se ter uma ideia no dia 11/03 em Cascavel, no Oeste a saca do milho de 60 kg o preço que estava sendo pago ao produtor era de R$ 97, ontem dia 17 estava R$ 2 a menos diminuindo para R$ 95.
Quando falamos na soja, a comparação desta semana mostra uma queda de R$3 na saca de 60kg caindo de R$ 198 no dia 11, para R$195 ontem (17), isso em Cascavel. Em Guarapuava por exemplo, a queda foi de R$3,20. Na semana passada o produtor estava recebendo R$ 199,90 pela saca da soja, ontem ela foi cotada a R$196,70.
O analista de mercado afirma que este cenário é passageiro e o produtor rural não deve se desesperar, pois ele tem o ouro na mão (soja e milho): “A grande verdade é que nós estamos numa situação extremamente delicada com relação a oferta de soja, de óleo, farelo e milho no mercado internacional. E essa guerra está agravando mais porque representa praticamente 25 a 28% do milho exportado no mundo através da Rússia e da Ucrânia. São realizações de lucro, são passageiros, são questões só pontuais e o dólar seria o fator mais importante e o mercado interno que está em pleno término de colheita. E a intenção de plantio americano que sai 31. Então quem tem produto fique está com ouro na mão fique tranquilo”, finaliza Modesto.
(Débora Damasceno/ Sou Agro)