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Piracema chega ao fim e pesca está liberada

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Débora Damasceno
Débora Damasceno

#souagro| A partir de hoje (01) a pesca para todas as espécies nativas de peixes está liberada no Paraná de acordo com o Instituto Água e Terra (IAT). É que desde 1º de novembro (2021) estava em vigor o período da Piracema que deixava a pescaria mais restrita.

A Piracema proibia que espécies nativas fossem retiradas dos rios até ontem (28 de fevereiro). Durante todos esses meses de reprodução dos peixes, os pescadores tiveram que respeitar as regras da instrução 025/09 . Ao longo dos quatro meses de restrição, foram muitas fiscalizações para combater crimes e vários flagrantes de ilegalidades.

 

Mas é importante lembrar que mesmo com o fim da Piracema, é preciso que o pescador tenha liberação para a pesca, respeite os limites de tamanho para captura dos peixes e também siga todas as normas ambientais. Caso contrário o responsável pode responder por crime ambiental e ser multado.

PROIBIÇÕES DA PIRACEMA

Neste período, o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Hídricos) não permite a captura, o transporte e o armazenamento de espécies nativas da bacia hidrográfica do rio Paraná, inclusive espécies utilizadas para fins ornamentais e de aquariofilia (a prática de criar peixes).

Além disso, também também estava proibido realizar competições de pesca como: torneios, campeonatos e gincanas. A regra só não se aplicava a competições de pesca realizadas em reservatórios, visando a captura de espécies não nativas, exóticas, como: bagre-africano, apaiari, black-bass, carpa, corvina, peixe-rei, sardinha-de-água-doce, piranha-preta, tilápia, tucunaré e zoiudo, além de híbridos, que são organismos resultantes do cruzamento de duas espécies.

 

A piracema acontece todos os anos para preservar as espécies nativas do Estado, que são de origem e ocorrência natural do rio Paraná. É que durante esse período, a maioria desses peixes se reproduz. Algumas das principais preservadas são: bagre, dourado, jaú, pintado e lambari.

PUNIÇÕES

Quem não cumpriu as regras foi punido. O flagrante de pesca irregular faz o responsável responder por crime ambiental, além de multa de aproximadamente R$ 700,00 por pescador e mais de R$ 20,00 por quilo de peixe pescado. Todo material que tiver sendo utilizado na pesca ilegal, também será apreendido. O transporte e a comercialização também foram fiscalizados.

Fiscais do IAT (Instituto Água e Terra) e da Polícia Ambiental foram responsáveis pela fiscalização em todo o Estado, mas ainda não foi divulgado o balanço dos trabalhos durante os meses de Piracema.

 

(Débora Damasceno / Sou Agro)

(Débora Damasceno/Sou Agro)