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Desenvolver plantas resistentes à seca é o foco de pesquisadores

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Débora Damasceno
Débora Damasceno

Pesquisadores do Centro de Ciências Exatas (CCE) e Centro de Ciências Biológicas (CCB), da Universidade Estadual de Londrina (UEL), desenvolvem um projeto de pesquisa para inocular em mudas de plantas tropicais bactérias que aumentem a resistência delas à seca prolongada.

O projeto de pesquisa “Inoculação com pool de bactérias associativas como uma estratégia para o aumento da tolerância de espécies arbóreas neotropicais ao déficit hídrico” é coordenado pelo professor Halley Caixeta de Oliveira, do Departamento de Biologia Animal e Vegetal/CCB), e conta com a participação de outros três pesquisadores do departamento: Renata Stolfi Moreira, José Antônio Pimenta e José Domingues Toresan. Pelo Departamento de Bioquímica e Biotecnologia/CCE, atua no projeto o professor André Luiz Martinez.

 

O grupo trabalha com plantas arbóreas desde 2011, mas os financiamentos para o projeto começaram em 2014. Desde então, professores e alunos se empenham em utilizar as bactérias Bacillus velezensis e Azospirillun brasilense, esta já comercializada como um produto destinado ao desenvolvimento vegetal. “A novidade do projeto é a inclusão, no pool, do Bacillus velezensis”, afirma Renata Stolfi Moreira.

O número de espécies arbóreas utilizadas na pesquisa é grande, mas há uma predominância de duas delas, a Embaúba do brejo (Cecropia pachystachya) e o Jequitibá Branco (Cariniana estrellensis), muito usadas em reflorestamento nas regiões tropicais.

Como parte inicial do projeto, o grupo cultiva mudas no viveiro do CCB, onde são aplicadas as bactérias para a observação dos resultados. No entanto, com o avanço do projeto, a intenção é ocupar uma faixa na Fazenda Escola para a criação das espécies.

 

“Com a aplicação das bactérias, já pudemos observar que há uma redução do estresse hídrico nessas plantas. Houve um aumento do processo de germinação, inclusive já mostrado em TCCs e teses de estudantes, que evidenciam o aumento da resistência da planta à intempérie da seca”, afirmou Halley.

FUNDAÇÃO ARAUCÁRIA

Segundo os pesquisadores, a intenção da Fundação Araucária, inclusive, é a transformação do projeto em um Napi (Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação), destinado a projetos que tenham um cunho prático e envolvam iniciativas tecnológicas para o desenvolvimento do Paraná.

 

Recentemente, o projeto foi contemplado com Edital do Programa Institucional de Pesquisa Básica e Aplicada, também da Fundação Araucária. Os R$ 12.410,79 recebidos serão destinados à compra de equipamentos de pequeno porte para o desenvolvimento das pesquisas, como centrífuga e ar-condicionado.

O projeto de pesquisa, além dos professores associados, reúne também vários estudantes dos Centros de Estudos, com destaque para 13 estudantes bolsistas, de vários níveis. São, por parte do Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas, 10 bolsistas de doutorado, mestrado, pós-doutorado e Iniciação Científica (IC); pelo Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia, o grupo tem dois mestrandos e um doutorando bolsista.

As bolsas são concedidas pela Fundação Araucária, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

 

(Fonte: Agência de notícias do Paraná)

(Débora Damasceno/Sou Agro)