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Cinco navios usados pelo agro são bombardeados
#souagro | Cinco navios bombardeados: desde o primeiro ataque a um navio da Cargill feito pelos russos por conta da guerra contra a Ucrânia, mais quatro cargueiros marítimos também foram alvo de mísseis em uma das regiões do Mar Negro considerada estratégica para o agronegócio mundial.
As questões logísticas e os ataques e gigantes mundiais na produção de fertilizantes têm preocupado o globo. Entre os impactos esperado, está a falta de insumos importantes para a agricultura e a alta nos preços das cadeias alimentares.
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O Mar de Azov está completamente parado, a região ficou travada por conta dos conflitos, e a região do Mar Negro – responsável por cerca de 30% do comércio de grãos de todo mundo – é considerada uma das áreas mais perigosas do conflito, segundo Larry Carvalho, advogado com ênfase em transporte marítimo.
“Com toda certeza houve um agravamento nos últimos dias, a situação é muito séria, cinco navios já foram bombardeados, as empresas estão cancelando contratos com negócios para a região. Os seguros também subiram muito”, detalha Carvalho.
Com a finalidade de evitar as regiões em guerra, situação caracterizada por 18 portos estratégicos para a Ucrânia fechados, com a agravante de que os armadores não irão atracar nos portos russos temendo novos ataques, os compradores estão adotando como alternativa a compra de locais mais distantes, o que acaba gerando mais custos. “Um navio que fazia uma rota EUA-China fazia cerca de quatro vezes essa viagem por ano, hoje faz uma e meia, no máximo”, diz Carvalho.
Em suma, são menos navios, menos alternativas de rotas e fretes marítimos nas alturas, por conta do encarecimento do preço do petróleo, que responde por 15% a 30% dos custos do transporte marítimo. Toda essa situação agrava ainda mais a questão dos contêineres, já prejudicada pelas sanções e restrições atribuídas à pandemia do novo coronavírus. A ADM, Bunge e Cargill fecharam seus escritórios na Rússia e interromperam as plantas processadores de oleaginosas e silos de grãos naquele país.
(Vandré Dubiela/Sou Agro, com agências)