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PECUÁRIA

Carne suína brasileira volta para a mesa dos argentinos

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Vandre Dubiela
Vandre Dubiela

 

#souagro | Quando se fala em exportação de carne suína brasileira para outros países, a primeira nação em mente é a China. Mas esse cenário tem mudados nos últimos tempos. É o que explica o diretor de mercados da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), Luís Rua. Segundo ele, a carne suína tem conquistado cada vez mais o paladar de los hermanos, isso mesmo, a Argentina tem exportado um volume considerável dessa proteína do Brasil, assemelhando a números vistos somente dez anos atrás.

Até então, a Argentina não tinha muita tradição pelo consumo da carne suína, centrando mais as compras em carnes bovina e de frango. Em 2011, a Argentina importava até 45 mil toneladas/ano de carne suína. Para comprovar essa retomada de hábito de consumo da carne suína pelos argentinos, no ano passado, ela importou 37,5 mil toneladas e somente em janeiro deste ano, fechou com 4,1 mil toneladas. “A Argentina está voltando a comprar aquilo que ela sempre comprou do Brasil na casa das 40 mil toneladas/ano de carne suína”, aponta Rua.

Trata-se de um mercado em que o Brasil atua de forma complementar à indústria local, pois o Brasil exporta o pernil e paleta, que é utilizada para processamento, os chamados produtos embutidos. Esse arrefecimento e retomada nas compras, com essa nova dinâmica no mercado se dá pela retomada econômica do país, depois de período bastante conturbado de 2011 até 2015. A partir de 2016, o Brasil passou a exportar para a Argentina 30 mil toneladas e no ano seguinte, 38 mil toneladas. Nos últimos dois anos, a Argentina voltou a reduzir esse consumo por conta da pandemia do novo coronavírus, retomando agora com toda a força essas exportações. Ou seja, o Brasil, com sua carne suína, está contribuindo para complementar a produção de suínos do vizinho país.

Na América do Sul, além da Argentina, outros adeptos à carne suína brasileiro são o Chile e o Uruguai. O Chile é um dos principais compradores, mesmo com o status competitivo no mercado internacional com o Brasil. Para se ter uma ideia, no ano passado, o Chile, que também complementa a sua produção, importou do Brasil 61 mil toneladas, perfazendo um crescimento de quase 40% em relação a 2020. Já o Uruguai, aumentou a importação em 9%, por meio de aquisição de 42,5 mil toneladas de carne suína do Brasil.

 

 

Apesar da expansão de importação para a América do Sul, a China ainda é a grande importadora de carne suína brasileira. No ano passado foram 533 mil toneladas, volume dez vezes maior do que foi importado para a Argentina. Atualmente, o Brasil exporta carne suína para 95 mercados internacionais.

(Vandré Dubiela/Sou Agro)

(Vandre Dubiela/Sou Agro)