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Praga que apodrece plantas é impedida de entrar no Brasil
Superintendência Federal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em São Paulo acompanhou a destruição de 20.580 mudas de orquídeas importadas de Taiwan e que tinham uma praga quarentenária inexistente no Brasil, a bactéria Dickeya fanzhogdai. Ela provoca o apodrecimento da planta, se fosse introduzida no país, seria de fácil disseminação e de difícil manejo. O controle da importação de vegetais é uma rotina do Mapa e evita prejuízos aos produtores rurais e a toda população brasileira. As mudas estavam em depósito isolado em Guararema e a destruição foi em Suzano.
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Esse não foi o primeiro caso em que os laboratórios da rede oficial do Ministério detectaram esta praga. Em novembro, a bactéria foi identificada em um lote com 65.756 mudas de orquídeas importado por empresa de Holambra. Em janeiro, esse lote foi devolvido a Taiwan – todo o processo também foi acompanhado pela equipe do Serviço de Fiscalização de Insumos e Sanidade Vegetal (Sisv) da Superintendência Federal de Agricultura de São Paulo (SFA-SP).
O trâmite regular para importação de plantas inclui a coleta de amostra pela equipe do Mapa assim que o lote chega em portos ou aeroportos no Brasil. No caso das orquídeas, o Mapa fez a coleta no Porto de Santos. “Enquanto o laudo não sai, o produto fica na chamada zona primária, um espaço no ponto de ingresso que armazena os produtos ainda não nacionalizados”, explica a chefe do Sisv em São Paulo, Carolina de Araújo Reis.
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Como o custo é alto, e por se tratar de carga perecível, as empresas podem solicitar a liberação via termo de fiel depositário para manter a guarda em local próprio até que a análise da amostra seja concluída, com resultado conforme.
Quando a bactéria foi detectada, em janeiro, a Superintendência comunicou a empresa. O importador tinha duas opções: devolver as orquídeas ao fornecedor ou incinerá-las, seguindo as recomendações técnicas do Mapa. No dia 26 de janeiro, a equipe do Sisv-SP esteve no local para verificar as condições de armazenamento da carga e constatou que estava tudo correto. Com dificuldades para fazer a devolução, a empresa optou pela destruição.
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A empresa de limpeza urbana escolhida para incinerar utiliza o método de alimentação manual dos fornos, que abrem em intervalos alternados de cinco minutos. Esse mecanismo torna o processo lento, por isso a destruição começou na tarde de quinta (17) e tinha previsão de terminar na tarde de sexta. Ao final, a empresa importadora deve apresentar um documento comprovando a finalização do processo.
Carolina explicou ainda que, quando o importador não cumpre as recomendações técnicas do Mapa, ele tem suspenso por um ano o benefício de liberação via fiel depositário e o produto importado precisa permanecer na área primária do porto ou aeroporto até a emissão do laudo. Além do prejuízo com a carga inutilizada, a empresa teve que custear a incineração que, em média, sai a R$ 15 mil para esse volume de produto.
(FONTE: Mapa)